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Um estudo sobre despesas em segurança pública versus criminalidade coloca o Paraná em dois pólos antagônicos. O estado gastou apenas R$ 29,45 por cidadão no seu orçamento de 2004 para conter a violência e a criminalidade, uma das menores despesas do país. Mesmo assim, conseguiu reduzir em 16,7% o número de homicídios, numa comparação com os registros de 2001. A avaliação é da Secretaria de Planejamento do Rio Grande do Sul. A base são dados da Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério da Justiça e outros órgãos, relativos aos anos de 2001 e 2004.

O objetivo do estudo é avaliar qual é a despesa per capita (por cidadão) de cada estado, o que eles oferecem à população (número de policiais, bombeiros e vagas no sistema penitenciário) e qual é o resultado obtido com isso no período – criminalidade e violência (n.º de furtos, roubos, homicídios e mortes violentas em acidente de trânsito).

Conforme a análise, o Paraná foi o penúltimo colocado em despesa per capita – ocupou o 26.º lugar no país. Houve ainda redução de 50,4% com relação ao orçamento de 2001, caindo de R$ 59,41 em 2001, para R$ 29,45 em 2004. O estado paranaense só ficou à frente do Piauí, que apareceu na última colocação por problema técnicos – lançamento de dados. O valor é muito baixo se comparado a valores do Rio de Janeiro (R$ 217,71), São Paulo (R$ 132,36) e Distrito Federal (R$ 947,50, sendo R$ 899,00 pagos pela União). Apesar do alto valor da despesa, o Distrito Federal lidera o ranking nacional de furtos, roubos, homicídios e mortes violentas no trânsito.

Despesas

Segundo o economista Júlio Brunet, coordenador da Secretaria do Planejamento do Rio Grande do Sul, o ideal seria gastar pouco e reduzir os índices de criminalidade, maximizando as despesas e ao mesmo tempo prestando um bom serviço à comunidade. "O ruim é gastar pouco, ter um número reduzido de policiais e o resultado baixo (altos índices de crimes e mortes violentas no trânsito)", avaliou Brunet. Ele lembrou ainda que apesar do Paraná gastar menos em 2004 e ser o penúltimo colocado no país, o estado conseguiu diminuir o seu coeficiente de homicídios por 100 mil habitantes (21,17 ocorrências em 2001, contra 16,10 em 2004).

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