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Paranaguá - Um grupo de cinco geólogos brasileiros e um espanhol percorreu as regiões da Serra do Mar, BR-277, Estrada da Graciosa, portos de Paranaguá e Antonina e as costas do litoral paranaense durante sábado e domingo. A intenção foi analisar processos geológicos dessas regiões e compreender desastres naturais, como parte das atividades do 44º Congresso Brasileiro de Geologia que está sendo realizado em Curitiba.

Para o geólogo do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná, Renato Lima, o resultado da análise da visita pode ajudar na criação de mais projetos de monitoração, estudo e mapeamento dessas áreas de risco geológico. "A partir do relatório, vamos propor que se pense e estude melhor a prevenção e as melhorias dessas áreas de riscos. A intenção é evitar ou amenizar a repetição de desastres ocorridos no passado", explica.

Como conta o geólogo, a preocupação constante com as regiões é importante, pois a intervenção do homem criou instabilidade. Assim, a qualquer momento pode haver uma resposta da natureza. "É o caso dos deslizamentos na serra, que em maior e menor proporção, ocorrem diariamente. A estrada e a ferrovia tornaram a região mais vulnerável aos deslizamentos e enchentes nas partes baixas. No mar, as ressacas resultam na destruição da parte urbana, pois a área de transição não foi respeitada, como na praia central de Matinhos", conta.

Lima ainda indica que tanto o oleoduto da Serra do Mar quanto os portos de Paranaguá e Antonina são áreas de maior perigo. Os acidentes podem ocorrer não apenas como uma resposta da natureza, mas também por erros humanos. Portanto, precisam de maior atenção. "Um exemplo é a explosão do Navio Vicuña, que não foi um desastre natural. Como o porto não havia previsto que um desastre assim poderia ocorrer, o resultado foi uma área de 30 quilômetros contaminada com 1.150 toneladas de óleo diesel e bunker. Portanto, é importante sempre monitorar. Se antecipar", afirma.

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