O governador Roberto Requião afirmou, na manhã desta segunda-feira (27), que até o fim desta semana entregará as primeiras quatro celas modulares do Centro de Triagem II, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Em fevereiro, o governo estadual anunciou que construiria 60 das estruturas até abril como medida para resolver o problema da superlotação carcerária em delegacias. Os módulos poderiam abrigar até 720 presos.
Na última quinta-feira (23), após a fuga de 27 presos da cadeia do 11º Distrito Policial de Curitiba, que abrigava 148 presos em um espaço para 40, o governo foi cobrado da inauguração das celas. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) informou que o mau tempo do começo do ano havia atrasado o cronograma da obra em 30 dias. Na reunião da Operação Mãos Limpas, nesta segunda-feira, no entanto, Requião garantiu a conclusão das primeiras celas, segundo a Agência Estadual de Notícias. "Ainda esta semana, o empreiteiro nos entrega quatro celas, cada uma para 12 presos", afirmou.
Para julho, está programada a entrega de mais 60 celas, que serão distribuídas em Araucária, Colombo e Rio Branco do Sul, segundo o governo, até o fim de julho. Segundo a Seop, a licitação para essas obras está em fase inicial.
A ideia do governo é diminuir o número de presos nas delegacias e assim concentrar o trabalho de policiais civis nas investigações e combate ao crime. "A Polícia Civil tem que combater a criminalidade, nós não podemos imobilizá-la, transformando o policial em carcereiro", disse Requião nesta segunda. O governador explicou que a delegacia deve ter apenas um pequeno espaço para a prisão provisória, antes que o preso seja removido para o sistema penitenciário.
Estrutura
A estrutura do modelo de cela modular utilizado pelo governo é feita de concreto monobloco para impedir escavações. O material ainda proporciona o bem-estar térmico dentro da cela, que tem boa ventilação, e a estrutura não armazena calor e protege do frio.
Para garantir mais segurança, há banheiro e chuveiro dentro da cela, o que evita a frequente saída de presos. Os móveis são de concreto e fixados à parede. Além disso, toda a parte elétrica e hidráulica é feita por fora da cela, o que facilita eventuais consertos. Cada cela é independente com caixa dágua e sistema elétrico individuais.
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