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O mundo digital vai enfrentar uma série de novas tendências que afetarão diretamente o comportamento de seus usuários. A mais polêmica é a identificação digital de todos os internautas – o que quer dizer que para ter acesso a qualquer página da rede será preciso ter uma espécie de identidade virtual. Esta regra já vale para países como a In­­glaterra. O resultado é um número cada vez menor de crimes eletrônicos. "A autenticação gera prova de autoria. Por isso as pessoas mal intencionadas vão pensar duas vezes antes de cometer algum ato de pedofilia na rede, por exemplo", explica a advogada especialista em direito digital Patrícia Peck.

A legislação também terá de se adequar, cada vez mais rápido, aos novos crimes eletrônicos – muitos, aliás, ainda hoje não estão previstos em lei, o que faz com que a punição seja difícil de acontecer.

Há uma tendência também para a digitalização das eleições: já estuda-se usar a urna biométrica e, depois, chegar ao ponto de os eleitores poderem votar, com cadastro digital, pela internet de onde quer que estejam. "O Brasil é referência na apuração dos votos e deve ser pioneiro neste quesito. Mas, para isso, é preciso antes pensar na proteção máxima dos dados pessoais", diz Patrícia. Já em 2010, as eleições presidenciais tomarão conta da internet – doações aos candidatos poderão ser feitas com cartão de crédito pela rede.

Os direitos autorais na in­­ternet certamente continuarão na pauta de discussões dos legisladores em 2010 e nos próximos anos. O que é justo copiar e o que não é? Qual será a medida? Uma pessoa física que baixa uma música para ouvir em casa, sozinha, vai ter de pagar o mesmo preço de um grande provedor, por exemplo, que ganha audiência com este conteúdo? "É preciso refletir mais sobre o que é ético e o que pode ser considerado concorrência desleal", afirma Patrícia.

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