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Em alguns colégios foram colocados avisos nos portões de que professores estão em greve | Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Em alguns colégios foram colocados avisos nos portões de que professores estão em greve| Foto: Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Secretário de educação diz que negociação tem limite

Duas semanas após assumir a secretaria de educação, Paulo Afonso Schmidt antecipou qual seria seu posicionamento durante as negociações de melhorias reivindicadas pelos professores.

Em entrevista à Gazeta do Povo, ele citou quais são os limites que na opinião dele devem nortear as conversas. No posicionamento ele cita interpretações de leis divergentes entre sindicalistas e governo do estado, defendendo que "há muita desinformação" sobre temas polêmicos.

Leia a entrevista na íntegra.

  • Primeiro dia de greve afeta o funcionamento das instituições de ensino no estado
  • Professores estaduais em greve se reúnem em frente ao Palácio Iguaçu, nesta quarta-feira
  • Seguranças do Palácio Iguaçu mantém grevistas fora da área interna do prédio durante o início da greve dos professores
  • Professores e apoiadores montaram barracas na região do Palácio Iguaçu
  • Estudantes comparecem para dar apoio aos professores durante a manifestação
  • Alguns cartazes trazem mensagens contra o governador Beto Richa (PSDB)
  • Escadarias que dão acesso ao Palácio Iguaçu ficaram lotadas de manifestantes
  • Em Foz do Iguaçu, professores também fizeram faixas contra o governador Beto Richa (PSDB)
  • Professores da rede estadual de Londrina se reuniram na sede do sindicato da categoria

O primeiro dia da greve por tempo indeterminado dos professores estaduais prejudica as aulas da rede estadual de ensino no Paraná nesta quarta-feira (23). A Secretaria Estadual de Educação (Seed) informou, em balanço parcial da adesão à mobilização, que 53,5% das escolas estaduais tiveram o funcionamento afetado parcialmente pela manhã. Outros 22,3% das instituições tiveram as aulas totalmente suspensas e nas demais (24,2%) as aulas foram ministradas normalmente. Já o sindicato que representa a categoria, que ainda não tem dados de hoje sobre a greve, estima que 70% das instituições de ensino estejam sem aulas e que em todos os colégios do estado haja pelo menos um adepto ao movimento grevista.

Veja fotos da manifestação dos professores pelo Paraná

A presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, relatou que um acampamento de grevistas é montado nesta quarta (23) em frente ao Palácio Iguaçu, na Praça Nossa Senhora da Salete, em Curitiba. O local será o quartel-general do comando de greve e de onde deve partir uma grande passeata da categoria na próxima terça-feira (29). "Estamos em assembleia permanente, a qualquer momento a categoria pode deliberar sobre possíveis propostas."

Nesta manhã, a reportagem contatou seis escolas estaduais de Curitiba, localizadas no Centro, Santa Quitéria, Boqueirão, Pinheirinho, Tanguá e Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Em todas elas as portas estavam abertas, mas em quatro entidades os alunos não foram para a aula. Em todas elas, parte ou todos os professores não foram às salas de aula. No Colégio Estadual do Paraná (CEP), parte dos alunos foi para a escola, mas eles organizaram uma passeata em apoio aos professores e partiram do colégio até a Praça Nossa Senhora da Salete, onde há o acampamento dos grevistas.

Reivindicações

O sindicato defende que o principal motivo da greve é o descumprimento pelo governo do estado de compromissos assumidos nas negociações no fim do ano passado, entre eles a inexistência de plano de saúde para a categoria. São citados oito temas de debate na pauta de reivindicações dos professores: salário, saúde e condições de trabalho, benefícios a funcionários da educação, benefícios de professores, reformulação de carreira, contratos temporários, direito a organização sindical e aspectos pedagógicos.

Em nota, a Seed divulgou nesta terça-feira (22) uma lista de quatro grandes pautas de negociação, envolvendo hora-atividade, salário, pagamento de promoções e concurso público. Em cada segmento há a previsão do impacto nos cofres públicos e o prazo de implementação (leia a nota na íntegra). Não é citada no documento a questão dos planos de saúde. O governo rebate a reivindicação dos professores de que prazos não foram cumpridos, defendendo que o que não foi honrado está em fase de implementação ou tem prazo para ser executado.

Professores protestam no Paraná

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