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Os grevistas fizeram uma passeata pela região central de Curitiba na tarde desta quinta-feira | WALTER ALVES / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os grevistas fizeram uma passeata pela região central de Curitiba na tarde desta quinta-feira| Foto: WALTER ALVES / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) se reuniu, nesta quinta-feira (9), com representantes dos trabalhadores da saúde e do sindicato que representa os hospitais filantrópicos e particulares de Curitiba, para discutir a greve da categoria que já dura três dias. O MP-PR quer o remanejamento de funcionários para garantir o atendimento à população e informou que os grevistas poderão responder criminalmente em caso de morte ou lesão irreparável à saúde do paciente.

Na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, das quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) uma foi fechada nesta quinta. O atendimento à população também foi prejudicado no Hospital Cajuru, como o cancelamento de consultas. Os grevistas realizaram uma passeata pelas ruas centrais da capital.

Segundo o MP-PR, não foi possível um acordo para restabelecer a totalidade do atendimento. Com isso, as promotoras Luciane Maria Duda e Fernanda Nagl Garcez expediram recomendação para que seja feito o remanejamento dos grevistas para que se garanta, ao menos, o atendimento de procedimentos de urgência em todos os hospitais da capital, inclusive cirurgias.

As promotoras afirmaram que o não atendimento dos serviços obrigará o Ministério Público a adotar providências contra cada grevista, em cada estabelecimento de saúde. Os funcionários poderão responder criminalmente se houver morte ou lesão corporal no paciente que não recebeu atendimento.

Balanço

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, a adesão à greve é de 65% dos colaboradores do Hospital Pequeno Príncipe e variava entre 40 e 50% dos demais hospitais nesta quinta-feira.

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Sindipar) classificou a greve como abusiva.

Reivindicações

A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal (Sindipar) manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.

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