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Rio – Sem citar nomes, a senadora Heloísa Helena, candidata do PSol à Presidência da República, criticou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso, na segunda entrevista da série com presidenciáveis, na sede do jornal O Globo, no Rio. Os ataques vieram quando a colunista Tereza Cruvinel quis saber como seria a coalizão de governo para fazer reformas, caso seja eleita, ou se a senadora não precisaria do Legislativo. "Enquanto não puder modificar a Constituição tenho a obrigação de respeitá-la. Quero o Congresso funcionando como manda a Constituição. Mas acho que um Congresso é bandido quando o chefe do Executivo é bandido, um chefe que monta um balcão de negócios. Que Deus nos livre desse Congresso como está, mas se for esse, eu quero que o Congresso esteja na oposição.

Vou lá para debater, não preciso ficar viajando pelo mundo, porque outros já viajaram tudo o que tinham para viajar."

A senadora disse querer "vivenciar a experiência de um Congresso independente". "A construção de um Orçamento não pode ser a prévia de um propinódromo, feito às escondidas. Eu vou lá para debater tudo (no Congresso). Por que um Orçamento não pode ser impositivo e tem de ser uma negociata de balcão? É uma experiência de governabilidade diferente. Porque ou é isso que temos aí ou então mudar e debater tudo às claras."

Heloísa lembrou sua origem humilde, mas afirmou que não é do seu passado que mais se orgulha. E explicou: "O mais importante é que, mesmo tendo nascido em um lugar humilde, toquei nos tapetes sagrados do poder e não me vendi, não me acovardei perante quem pensa que é dono dos corações e das mentes e dos destinos. O mundo da política é muito sedutor de enriquecer politicamente."

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