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Curitiba – O candidato tucano Geraldo Alckmin teve menos votos em 23 estados no segundo turno e perdeu em quatro que havia ganho no primeiro turno. A possível resposta a este fenômeno é, segundo Adriano Nervo Codato, professor de Ciência Política da UFPR, a lembrança de que seu governo poderia, em muitos aspectos, reeditar o governo de Fernando Henrique Cardoso. "Isso pode ter feito com que os eleitores de Cristovam Buarque, Heloísa Helena e uma parcela dos seus próprios eleitores preferisse o mal menor representado por Lula", opina Codato.

O cientista político Ricardo Caldas, professor da Universidade de Brasília, concorda. Para Caldas, muitos eleitores votaram em Alckmin por causa das denúncias de corrupção no governo Lula. Mas no segundo turno, quando Lula usou o horário eleitoral para dizer que Alckmin iria privatizar tudo, segundo Caldas, reverteu a queda na preferência dos eleitores. "Foi um lance genial. Ele (Lula) pegou um dado concreto que foi a questão da privatização durante o governo Fernando Henrique (Cardoso) e afirmou que Alckmin iria privatizar a Caixa Econômica, Banco do Brasil e a Petrobrás. Quando ele disse que o Alckmin seria um governo privatizante, Lula alinhou todos os brasileiros. Não havia brasileiro indiferente a Alckmin", alega Caldas. Para o cientista político, com a manobra, Lula fez com que o eleitorado ficasse dividido entre os que estavam com Alckmin, e seriam defensores de um novo programa de privatização, ou os que apoiavam Lula e que deixaram de lado as acusações de corrupção, passando a apoiar maciçamente o presidente na reeleição. (RMM)

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