A violência do final de semana lotou os atendimentos de emergência dos três hospitais de Curitiba - Hospital Evangélico, Hospital Cajuru e Hospital do Trabalhador - do final da tarde de domingo até o final da tarde desta segunda-feira (24). A falta de espaço sobrecarregou hospitais da região metropolitana, como o Hospital São José, de São José dos Pinhais, e Nossa Senhora do Rocio, de Campo Largo.
Um exemplo da crise foi um acidente em uma construção por volta das 8h no bairro Tatuquara. Um homem de cerca de 40 anos caiu de uma altura de seis metros e precisava de atendimento médico urgente. Os três hospitais de Curitiba que atendem traumatismos graves pelo Sistema Único de Saúde estavam sem vagas. A solução foi encaminhar o acidentado até o Hospital e Maternidade Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitana da capital.
Na avaliação do Corpo de Bombeiros, o colapso no sistema se deu em razão das mortes violentas do final de semana - só em Curitiba foram 9 homicídios em 48 horas - e o alto número do acidente com motocicletas. Das 7h até as 19h, o Siate - serviço de atendimento médico dos bombeiros - havia atendido 68 ocorrências, sendo 40 de acidente de moto.
Um caso de acidente envolvendo motocicleta se deu nesta manhã, por volta das 11h. Um casal da faixa dos 40 anos que estava na moto se feriu ao se chocar contra um caminhão no bairro Caximba. A mulher foi encaminhada para o pronto socorro do Hospital Evangélico, mas o marido teve que ser levado ao Hospital Parolin, em Campo Largo, cidade da região metropolitana de Curitiba.
A situação dos hospitais de Curitiba começou a se normalizar às 17h. Até as 20h, os três hospitais tinham restrições, mas podiam receber alguns pacientes. Nos três hospitais, os funcionários só se manifestam sob autorização da diretoria. Até o momento da publicação desta matéria, a reportagem não obteve retorno de nenhum dos três.



