A Diocese de Santo André, na Grande São Paulo, coleta informações sobre Vanilda Sanches Béber, dançarina e professora de dança morta em 1958, para verificar se ela tem fama de santidade. É o primeiro passo para o início da causa de beatificação e canonização, que começa com um processo diocesano a ser aberto pelo bispo, D. Nelson Westrupp, e segue para o Vaticano.
Vanilda está sepultada no Cemitério da Saudade, em um túmulo coberto de placas com os agradecimentos de devotos que dizem ter alcançado graças por sua intercessão. Dezenas de mensagens são endereçadas à sua mãe, Eunice Sanches, de 89 anos, com testemunhos de pessoas de todo o País, principalmente do interior paulista. "Se há tantas placas (são mais de 200) no túmulo, que é visitado por tanta gente, isso é fama de santidade", disse.
"Muita gente visita o túmulo de Vanilda para pedir a Deus algum favor e até milagre por intermédio dela e de Nossa Senhora Aparecida", informa Eunice. Desde que Vanilda morreu, a mãe coleciona pastas e álbuns com documentos e fotos. Esse é o ponto de partida para a pesquisa que o padre Décio Gruppi, chanceler da Diocese de Santo André, faz por ordem do bispo.
O trabalho é difícil porque muita gente que conheceu Vanilda já morreu e alguns registros importantes se perderam. "O fato de a moça ter sido dançarina e ter morrido depois de um aborto faz do caso uma situação peculiar", afirma padre Décio. A Igreja vai investigar a fundo antes de elevar a dançarina aos altares e precisa ter a certeza de que o aborto foi espontâneo e não provocado.
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