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Um velho ônibus Mercedes Benz, ano 1985, é o único meio de transporte para a maior parte das 500 pessoas que vivem na Colônia Marquês de Abrantes, vilarejo a 20 quilômetros do centro de Tunas do Paraná. O problema é que ele faz o percurso só quatro vezes por semana, apenas uma vez por dia e atende só 10% da população da cidade. Sai da vila às 7h45 e volta às 17h40, às segundas, quartas, sextas e sábados. A passagem custa R$ 5. Um serviço que depende do improviso para funcionar, uma vez que não há regulamentação municipal.

Quem perde o ônibus tem duas alternativas: ou anda 20 quilômetros a pé ou desembolsa R$ 50 para o táxi. Surge então o segundo problema: é muito dinheiro para uma maioria assalariada ou que nem renda fixa tem. O dono do ônibus, o vereador Valmir Cordeiro de Oliveira, planeja tornar diária a viagem a partir de janeiro. Mas isso ainda não passa de um plano. As despesas de manutenção são altas por causa das más condições da estrada. Todo mês ele tem de trocar alguma coisa, ou são as molas ou as buchas da suspensão.

Segundo Valmir, o volume de passageiros não compensa investimentos maiores. São uns 35 por viagem no início de cada mês, média que cai para não mais do que 20 à medida que o dinheiro do salário vai minguando. Recém eleito para o quarto mandato de vereador, Valmir passou os negócios para o nome do filho. Um negócio que cresce na esteira da falta de transporte público regulamentado na cidade. Além do Mercedes Benz, ele tem mais dois ônibus, três Kombi e três motos usados no transporte de cargas e passageiros.

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