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Atualizado em 28/04/2006 às 19h14

Os movimentos que lutam pela reforma agrária não deram trégua ao governo neste ano eleitoral e aumentaram o número de invasões no primeiro trimestre. Relatório da Ouvidoria Agrária, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, revela que o número de invasões de terra ocorridas entre janeiro e março de 2006 é o maior dos três primeiros meses do ano desde o início do governo Lula.

De janeiro a março de 2006, a Ouvidoria registrou 100 ocupações, muito acima das 63 invasões do primeiro trimestre de 2005. No primeiro trimestre de 2003, primeiro ano do governo Lula, houve 47 invasões. Em 2004, foram 56 ocupações entre janeiro e março.

O número de ocupações aumentou significativamente no mês de março deste ano. Dos 110 registros, 69 ocorreram em março, 30 em janeiro e 11 em fevereiro. Desde que o governo passou a contabilizar as ocupações, em 1995, março deste ano é o que apresentou o segundo maior volume de invasões em relação ao mesmo mês nos outros 11 anos. Só é superado por março de 1999, quando ocorreram 101 ocupações.

O mês de março deste ano passou a ser o segundo maior em registro de invasões no governo Lula. Perde apenas para o 'abril vermelho', quando os sem-terra fizeram 109 ocupações, no maior protesto pela reforma agrária na gestão petista. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) é o responsável pelo maior número de invasões. Das 110 registradas no trimestre, 83 foram promovidas pelo MST.

A boa notícia do relatório da Ouvidoria Agrária é que não foi registrada, nos três primeiros meses do ano, nenhuma morte no campo decorrente de conflito agrário. Em todo o ano passado, foram registradas 14 mortes em 221 invasões de terra.

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