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O julgamento de dois acusados de terem matado o delegado de Pontal do Paraná José Antônio Zuba e do funcionário público Adilson da Silva entrou no segundo dia nesta terça-feira (15). A sessão ocorre no Fórum de Matinhos, litoral do estado. Os réus Paulo Roberto Pereira Quinta, conhecido como Paulo Tutancâmon, e Francisco Diego Vidal Coutinho, o Russinho, já foram ouvidos. A expectativa é que, na sequência, sejam realizados os debates entre as partes.

O julgamento foi retomado nesta terça-feira por volta das 9h30. Os debates entre promotores, advogados de defesa e advogados de acusação ocorrem em duas etapas. Na primeira, defesa e acusação têm, cada uma, duas horas para defender suas respectivas posições. Na segunda fase, as partes têm mais 1h30 cada para a réplica. Apenas depois disso é que há previsão de análise do caso pelo júri. Por isso, a expectativa é que o julgamento dure pelo menos até o início desta noite, contando com possíveis intervalos.

As testemunhas do caso e os acusados foram ouvidos nesta segunda (14), em uma audiência que foi das 9h de segunda-feira (14) até a 0h30 de terça (15). Durante a sessão, juiz, promotores, advogados e assistentes de acusação fizeram uma inspeção no local do crime, o camping Olho d’Água, e retornaram ao fórum para dar sequência ao julgamento. Até as 21h30, todas as testemunhas, de acusação e defesa, tinham sido ouvidas e depois disso os dois réus foram interrogados antes da sessão ser suspensa e retomada nesta manhã.

Relembre o caso

Em agosto de 2010, o delegado Zuba recebeu uma denúncia de que havia homens armados em duas barracas no camping Olho d’Água. Ele se dirigiu ao local com Adilson da Silva e as investigadoras Luiza Helena Santos e Noeli de Fátima Avine. Quando se identificou, falando que era policial, Zuba foi baleado.

O delegado estava sem o colete à prova de balas. Segundo as investigadores, os outros bandidos já saíram atirando com duas pistolas na mão. Adilson também foi atingido.

Os quatro criminosos renderam Luiza e Noeli. Elas foram ameaçadas e, segundo a polícia, tiveram de implorar para não morrer. Segundo elas, um dos bandidos ainda deu mais um tiro na cabeça de Zuba quando ele já estava no chão. Os criminosos as libertaram e fugiram em dois carros com placas do Rio de Janeiro.

Coutinho, preso no dia da morte de Zuba, disse em interrogatório que o grupo faz parte de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Outros dois suspeitos da morte do delegado morreram em confronto com a polícia em 2010 e eram fugitivos do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

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