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Padre Robson (foto) tinha sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás por apropriação indébita de recursos de fiéis.
Padre Robson (foto) tinha sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás por apropriação indébita de recursos de fiéis.| Foto: Reprodução

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta segunda-feira (18) arquivar definitivamente o processo movido contra o padre Robson de Oliveira Pereira por supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), do qual o padre era presidente. O processo contra o padre já estava suspenso desde 2020, mas o Ministério Público de Goiás, responsável pela ação, vinha tentando reabrir a ação. Agora, com a decisão do STJ, o processo foi arquivado definitivamente, sem possibilidade de ser reaberto. Ainda assim, o MP-GO ingressou com um mandado de segurança questionando o posicionamento da corte.

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Em 2018, o MP-GO começou a investigar Robson por supostamente ter desviado dinheiro doado por fiéis à Afipe. O dinheiro seria oficialmente usado para a construção do Santuário Divino Pai Eterno e manutenção da entidade, mas, segundo o MP-GO, teria sido usado para a compra de casas, fazendas e até um avião. No total, R$ 100 milhões teriam sido desviados. O MP, então, denunciou o padre por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, e abriu dois processos de improbidade administrativa no uso do dinheiro, nas esferas criminal e cível.

O padre sempre negou as acusações. O argumento usado pela defesa foi o de que a Afipe é uma associação privada, que possui autonomia para gerir os recursos recebidos pelos fiéis da forma como melhor entender e que não caberia ao MP investigar a aplicação do dinheiro.

Em outubro de 2020, as ações contra o padre foram suspensas por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Para os desembargadores, não haveria provas de que o padre tivesse cometido os crimes descritos pelo MP-GO. Além disso, o TJ-GO apontou que as provas usadas pelo MP teriam sido compartilhadas de maneira ilegal, retiradas de outra apuração em andamento a respeito de um caso de extorsão pessoal contra o padre. Após recurso no próprio TJ-GO, o processo foi para o STJ, que confirmou a sentença anterior e manteve o arquivamento do processo.

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