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Sem acordo com a Cavo, garis paralisaram as atividades | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Sem acordo com a Cavo, garis paralisaram as atividades| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Agenda

Confira a previsão de paralisação ou assembleia de várias categorias:

Hoje – Manifestação de servidores públicos de educação.

Educadores municipais fazem caminhada, a partir das 9 h, da Praça Carlos Gomes até em frente da sede da prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico.

O Fórum das Entidades Sindicais (FES) do Paraná, que reúne 15 entidades, fará manifestações para destacar a pauta conjunta dos servidores estaduais.

Quinta – A Guarda Municipal de Curitiba deve fazer um manifesto em frente à Praça Tiradentes pedindo melhores condições de trabalho.

25 de março – Policiais civis do Paraná já aprovaram indicativo de greve com início neste dia.

26 de março – Assembleia dos professores da rede federal de ensino.

UTFPR

Os docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) vão discutir hoje a aprovação ou não de um indicativo de greve da categoria. A assembleia, realizada no Dia Nacional de Lutas, começa às 13h30 e ocorre em sete diferentes campus da universidade: Apucarana, Curitiba, Dois Vizinhos, Cornélio Procópio, Medianeira, Londrina e Ponta Grossa. A decisão será levada à reunião nacional dos representantes docentes marcada para ocorrer nos dias 29 e 30 de março em Brasília.

O Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9) determinou ontem a volta de 40% dos trabalhadores da limpeza pública ao serviço. O TRT acatou a ação interposta pela Cavo, empresa que presta o serviço em Curitiba. Esse porcentual pode ser reduzido para 30% aos sábados (a partir das 13 horas), domingos e feriados. A coleta de lixo hospitalar deve ser mantida em 100% todos os dias.

A liminar, concedida pela desembargadora Ana Carolina Zaina, estipula multa diária de R$ 20 mil ao sindicato da categoria em caso de descumprimento da decisão. A justificativa é de que se trata "de serviço indispensável ao atendimento da necessidade inadiável da comunidade". Notificado, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) informou que iria cumprir a decisão já a partir da noite de ontem. O tribunal marcou uma audiência conciliatória para a tarde de hoje. Pela manhã, os trabalhadores devem se reunir para decidir se a greve continua ou não.

Os trabalhadores decidiram parar ontem pela manhã após uma assembleia. Eles rejeitaram a proposta de aumento de 10% nos salários e de 15% no vale-alimentação feita pela Cavo. Os trabalhadores pedem reajuste de 20% nos salários e de 30% no vale-refeição.

Ainda na terça-feira, a prefeitura suspendeu a coleta do lixo reciclável e colocou 75 veículos próprios com três ou quatro funcionários cada para fazer a coleta do lixo comum, enquanto durar a greve. As equipe circularam por áreas de maior geração de resíduos, como a Cidade Industrial. Mesmo assim, o lixo ficou acumulou nas ruas.

Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima, os caminhões continuarão o trabalho hoje. "As rotas são em áreas que tinham previsão de coleta hoje [ontem] e não tiveram, e locais que, por falta de informação da população sobre a greve, estão com lixo nas ruas."

Apesar do serviço emergencial, a orientação é para que ninguém coloque lixo na frente de casa nas próximas 24 horas. A prefeitura estuda disponibilizar pontos como terminais de ônibus para fazer a coleta. Enquanto a situação não se normaliza, a população deve manter o lixo úmido em local protegido, como baldes com tampa.

Em nota, a Cavo informou que segue em negociação com os trabalhadores. "A empresa acredita que poderá chegar a um acordo para que a paralisação seja interrompida evitando prejuízos à população."

Servidores garantem atendimento na Saúde

Amanda Audi e Ellen Miecoanski

No primeiro dia de greve dos servidores estaduais da saúde, que começou ontem, o atendimento à população em hospitais e unidades do Paraná foi parcialmente afetado. Em alguns lugares, os servidores tiveram de trabalhar dobrado ou serem realocados para garantir os serviços.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apenas 308 dos 9 mil servidores estaduais da saúde não teriam ido trabalhar ontem. O sindicato da categoria (Sindisaúde), por sua vez, diz que teriam sido 2 mil faltosos.

A reportagem esteve no Hospital do Trabalhador e no Hemepar, em Curitiba. No Trabalhador, servidores relataram que foram realocados funcionários conveniados da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) para suprir 110 grevistas. Os atendimentos eletivos no centro de obstetrícia tiveram de ser remarcados ou transferidos para outros hospitais. Em nota, a Sesa alega que só 16 não foram trabalhar e que todas as atividades foram mantidas. No Hemepar, uma funcionária informou que metade dos servidores trabalhou dobrado para que a outra metade pudesse aderir à greve. Não há relato de falta de atendimento ou prejuízos aos usuários.

Adesão

Elaine Rodella, diretora do Sindisaúde, diz que a adesão também foi grande em hospitais de Londrina, no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, e no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Lar­­go. Procurados, os estabelecimentos que responderam disseram que não poderiam se pronunciar sobre a greve.

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