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Cinco das sete pessoas presas por suspeita de corrupção na Junta Comercial do Paraná, com o objetivo de facilitar o funcionamento de casas de bingos no estado, foram soltas nesta sexta-feira. Na quinta-feira, Ricardo Fontana Scarpin e Arthur José Nunes Lanzoni já haviam sido soltos por problemas de saúde.

Nesta sexta, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu habeas-corpus aos sócios do extinto bingo Village Batel, os empresários Celso Luiz Lanzoni, de 55 anos, e Luiz Antônio Scarpin, 55, para o contador Ericson Macedo Gaio, 36, e por extensão aos dois servidores da Junta - João Luiz dos Santos, 41, e o assistente da Coordenadoria Regional de Comércio da Jucepar, Marcus Antônio Cury. Os dois servidores são acusados de receber R$ 10 mil dos empresários para dar celeridade na alteração contratual do bingo.

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A idéia da polícia era justamente contrária à liberação dos presos. No início da tarde, por telefone, o delegado Róbson Barreto, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), disse que muito provavelmente seria pedido na justiça, ainda nesta sexta, a prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária dos empresários Celso Luiz Lanzoni e Luiz Antônio Scarpin, e do contador Ericson Macedo Gaio.

Apesar da soltura, Barreto afirma que todos os presos foram ouvidos e que outras testemunhas, citadas pelos detidos, também foram ouvidas. "Conseguimos muita informação com os documentos apreendidos e com os depoimentos desses novos personagens", disse o delegado.

Em depoimento, ainda segundo Barreto, os empresários negaram qualquer tipo de irregularidade envolvendo a casa de bingo. Entretanto, ressalta o delegado, quando foram perguntados sobre o trâmite na Junta Comercial, "todos parecem sofrer de amnésia". Tanto os empresários como o contadores e os servidores refutam o pagamento de R$ 10 mil para acelerar o processo de alteração contratual.

A investigação do Nurce vai se basear agora nas informações colhidas nos depoimentos. Paralelamente a isso, o Nurce vai tentar a quebra de sigilo bancários dos dois servidores da Junta Comercial para tentar comprovar o recebimento da propina. "É um processo que demanda tempo", disse Barreto, que não descartou novas prisões sobre o caso na próxima semana.