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O material encontrado na última quinta-feira enterrado no jardim da Universidade São Marcos do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, está no IML (Instituto Médico Legal) onde será catalogado por peritos. Segundo a delegada Cíntia Tucunduva, que conduz o inquérito, o laudo antropológico deve entregue em, no mínimo, um mês.

A polícia chegou ao local a partir de uma denúncia anônima e encontrou 15 crânios, vários ossos, três fetos, e os corpos de uma criança e de um adulto. A ossada foi enterrada após a desativação de um laboratório de anatomia da universidade.

Segundo Tucunduva, ainda não há prazo para que o inquérito seja concluído. A perícia ainda deve analisar se o material chegou a contaminar o solo. Os dirigentes da universidade estão sendo investigados sob suspeita de ocultação de cadáver.

Na sexta-feira, seis pessoas foram ouvidas pela delegada no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Entre elas a reitora da São Marcos, Maria Aurélia Varella, um coordenador da universidade, o zelador que teria enterrado o material e o interventor, que é responsável pela parte financeira da instituição -a São Marcos foi descredenciada pelo MEC (Ministério da Educação) no fim de março.

Em entrevista à reportagem, a reitora disse que não sabia que a ossada havia sido enterrada e que meses antes avisou o interventor de que havia a necessidade de enterrar o material em um cemitério -o que deveria ser pago pela universidade.À polícia, o interventor afirmou que foi informado pela reitora, mas que não foi dele a ordem para que a ossada fosse enterrada no próprio terreno da universidade.

Desde maio, a sala que funcionava como o laboratório de anatomia foi transformada em uma secretaria.

Apesar da perícia ter encerrado a coleta de materiais no local na sexta-feira, ainda não há prazo para que as aulas sejam retomadas.

Descredenciamento

A universidade foi descredenciada pelo MEC (Ministério da Educação) no dia 26 de março deste ano e, partir da data, tem 90 dias para entregar toda a documentação para a transferência dos alunos para outras instituições. Nos casos em que a transferência não é possível, a instituição deve garantir a conclusão do curso.

O descredenciamento chegou a gerar protestos pelos alunos da universidades.Entre os problemas apontados pelo ministério está o descumprimento de medidas cautelares que já tinham sido determinadas pelo MEC, como a suspensão do ingresso de novos alunos e outras ações para sanear os problemas verificados nos processos de supervisão.

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