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Um habeas corpus concedido à defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho vai impedir que o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba Daniel Surdi de Avelar anuncie se o caso irá ou não a júri popular na audiência marcada para esta terça-feira (9). A defesa de Carli Filho alega que a acusação e o Ministério Público ficaram com o material das câmeras de segurança do posto de gasolina próximo ao local do acidente por 40 dias. Além disso, tiveram direito de fazer alegações finais por escrito. A defesa solicitou prazo de 30 dias para fazer o mesmo, o que foi concedido pelo desembargador Telmo Cherem, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

A audiência, que ainda deve acontecer nesta terça-feira (9), foi pedida pela defesa para que uma testemunha de Carli Filho possa ser ouvida. Além disso, o ex-deputado pode ser reinterrogado, caso o juiz julgue necessário.

Para o advogado Elias Mattar Assad, assistente da acusação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) no caso, a decisão do TJ-PR não considerou que essa audiência foi solicitada pela própria defesa quando, no processo, já estavam colhidas as alegações finais da acusação. Assad acredita que protelar a situação não resolve nada e que o réu dificilmente deve comparecer à audiência para ser interrogado.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o MP-PR, que deve se manifestar sobre o assunto assim que se inteirar da decisão do TJ-PR. O advogado de defesa de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, não foi localizado para comentar a decisão até as 17 horas. Já O TJ-PR informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não deve se manifestar sobre o assunto.

Caso

O ex-parlamentar é réu no processo sobre o acidente de trânsito que causou a morte de Gilmar Rafael Souza Yared, 26 anos, e de Carlos Murilo de Almeida, 20 anos. O acidente ocorreu na Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, em Curitiba, em 7 de maio. Ele pode ir a júri popular porque foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco por uma ação. Segundo o laudo policial, Carli Filho dirigia em alta velocidade e havia bebido antes de conduzir o veículo.

Um funcionário do restaurante onde Carli Filho esteve antes de se envolver no acidente afirmou que o ex-parlamentar bebeu quatro garrafas de vinho com amigos. Policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram que o réu estava embriagado. Essa informação também constava no relatório do acidente feito pelo Siate.

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