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O vereador Renato Freitas (PT), na invasão à Igreja do Rosário, em Curitiba.
Renato Freitas liderou manifestação dentro de igreja de Curitiba.| Foto: Reprodução / Instagram

Durante entrevista à Rádio Banda B, de Curitiba, o ex-presidente Lula falou sobre o vereador Renato Freitas, que no início do mês invadiu uma igreja na capital paranaense durante um protesto. A ação de Freitas causou indignação em diversos setores da sociedade. Para Lula, o vereador errou ao invadir a igreja, deve pedir desculpas, mas também deve ser perdoado. Lula ainda prometeu que o PT vai trabalhar para que Freitas não seja cassado pela Câmara de Vereadores de Curitiba. Hoje, Freitas é alvo de quatro representações por quebra de decoro parlamentar.

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Na entrevista, Lula começou defendendo o direito de o vereador protestar contra o racismo, mas disse que ele não tinha o direito de invadir a igreja. Para Lula, o vereador deveria ter adotado outras formas de mobilização, como “pedir para o padre rezar uma missa para o povo negro” ou “enviar um ofício para o bispo pedindo que a igreja tenha um, dois padres negros”. "O que não tem sentido é invadir a igreja, transformar um templo religioso em um lugar de protesto. Não foi correto, ele sabe que errou”, disse Lula na entrevista.

Ainda de acordo com o ex-presidente, Freitas deve pedir desculpas pelo ocorrido. Dizendo que falava “como um pai pode fazer com um filho”, Lula insistiu para que o vereador não persistisse no erro. “Peça desculpas ao povo do Paraná, peça desculpas ao PT, peça desculpas aos padres, aos religiosos”, disse Lula. Para o ex-presidente, o abuso cometido por Renato Freitas aconteceu porque o vereador é “jovem”, e ainda está aprendendo os limites do exercício da democracia. Conforme Lula, o episódio poderá ser “a grande lição da vida dele”. “É importante que ele saiba que nunca mais ele adentre um templo como parte de um protesto, quando as pessoas estão lá tratando da sua espiritualidade, tratando da sua fé”, ressaltou Lula.

Mesmo assim, o ex-presidente defendeu que o ex-vereador seja perdoado pela ação, classificada por Lula como um “deslize político”. “Este menino por ser jovem, ele cometeu um abuso, ele, portanto, tem o direito de pedir desculpas, tem o direito de ser desculpado, de ser perdoado”, disse Lula. E repetiu: “Nós vamos te defender. Não vamos querer que você seja cassado. Não vamos permitir que a direita conservadora da Câmara te casse”.

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