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Remédio some de farmácias

A procura pelo medicamento antiviral Tamiflu (fosfato de oseltamivir) do laboratório Roche, que está sendo usado no tratamento da gripe A (N1H1) no mundo todo, é alta nas farmácias de Curitiba. Em sete lojas visitadas pela reportagem ao longo do dia de ontem, nos bairros do Batel, Alto da XV e Centro, o relato dos farmacêuticos era de uma busca média de 20 a 30 pessoas/dia nas farmácias pelo medicamento que custa R$ 150, em média. No entanto, o Tamiflu não está mais disponível em farmácias – nas lojas visitadas apenas duas tinham ainda uma caixa da versão líquida infantil do medicamento.

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No Paraná

Saiba mais sobre a evolução da doença no Paraná. Até o momento, 18 suspeitas foram descartadas.

26 abr – Início do problema, segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa).

28 abr – Conforme a Sesa, uma mulher que voltou de viagem do México apresenta os sintomas característicos da doença. Em seguida, a contaminação é descartada. Outras três pessoas tiveram suspeita da presença do vírus.

01 mai – Primeiro boletim da Sesa informa dois casos em monitoramento e quatro suspeitos.

4 mai – Dois casos, um suspeito e outro de monitoramento, são acompanhados. Os pacientes, de Curitiba e Cascavel, voltaram recentemente de viagem ao México.

5 mai – Os dois casos do dia anterior são descartados por exames laboratoriais.

7 mai – Sesa divulga uma nova suspeita da contaminação pelo vírus. No dia, dois casos da capital e um da região de Maringá recebiam acompanhamento.

8 mai – Dois novos casos são incluídos, um em Curitiba e outro em Londrina. Ambos retornaram de viagens ao México e Estados Unidos.

9 mai – Três casos suspeitos da nova gripe são descartados. Os três curitibanos voltaram de viagens aos Estados Unidos.

11 mai – Cai de sete para dois o número de suspeitas da gripe suína. Os dois casos se localizam em Londrina e aguardam a confirmação por exames. Na região de Foz do Iguaçu, encontra-se uma paciente em monitoramento. Desde 26 de abril, outros 18 casos foram descartados em todo o estado.

São Paulo - Mesmo após a confirmação de dois novos casos de gripe suína no país, o que elevou para oito o número de casos no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a doença "não é do tamanho que parecia ser''.

"Eu acho que essa gripe não é do tamanho que parecia que ia ser, porque se vendeu uma gripe que já tinha tomado conta do mundo inteiro. Ou seja, eu penso que ela existe, ela é grave, mas aqui no Brasil nós estamos cuidando para evitar que se alastre em outras pessoas'', disse Lula em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

Entretanto Lula afirmou que os cuidados do Ministério da Saúde vão redobrar nos próximos dias e que haverá um incremento nas ações de vigilância para aqueles que tiveram contato com pessoas provenientes do México e no trato dos infectados para evitar que a doença se alastre no país. Lula disse ainda que não há motivo para pânico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, alerta que ainda é cedo para dizer se a gripe suína de fato não se espalhará ou se permanecerá suave. "Na nossa avaliação médica, não podemos ainda baixar a guarda", disse Gregory Hartl, porta-voz do organismo internacional.

Para a entidade, ainda há risco de que surtos apareçam durante o inverno no Hemisfério Sul e não há garantia de que os casos continuarão suaves como também não está descartada uma pandemia.

Até a tarde de ontem, a gripe já atingia quase 4,7 mil pessoas em 30 países, com 53 mortes registradas. A China identificou o primeiro caso. Mas, sem transmissão sustentável em regiões fora dos Estados Unidos e México e diante de forte pressão política, os técnicos da entidade hesitam em passar a uma fase máxima na escala de alerta, o que significaria que uma epidemia global já está em andamento. Ainda ontem, o governo mexicano divulgou que o número de mortes no país já chega a 56.

Com 250 mil habitantes distribuídos, a Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, vive dias de notoriedade indesejada e injustificada, na opinião de seus moradores. Lá estão as primeiras vítimas confirmadas do vírus da gripe suína na cidade.

Para agravar o quadro, três dos casos confirmados no país – o jovem que chegou do México, seu amigo e mãe de um deles – são de moradores da ilha. Eles moram no Jardim Guanabara e essas coincidências têm gerado comentários na imprensa. O primeiro rapaz contaminado do Rio de Janeiro desembarcou no Tom Jobim e, além disso, ele e os outros dois pacientes do estado estão internados em quarto isolado do Hospital do Fundão. Mas os moradores seguem a vida normalmente.

Tom Jobim

Oito pessoas do grupo que participou de evento esportivo em Cancún onde estava o carioca que contraiu o vírus A (H1N1), desembarcaram ontem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Nenhum passageiro foi colocado em quarentena domiciliar voluntária.

Os passageiros foram perguntados sobre sintomas e alguns preencheram formulário com endereço, telefone e a poltrona ocupada no voo. Dois passageiros desembarcaram com máscaras. Ambos alegaram "precaução".

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