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Umuarama – A diarista Rosineide Martins Penha, 25 anos, não conseguiu segurar as lágrimas ao saber pelos jornais o drama que o filho Edyglaison Martins dos Santos, 3 anos, vive na Inglaterra, onde está retido desde setembro passado por decisão da Justiça daquele país. Ela não vê o garoto desde os 8 meses de idade, quando entregou o filho para o pai criar, o motorista Roberson Tavares dos Santos. Edyglaison nasceu de um relacionamento rápido entre Rosineide e Santos. Nos últimos anos, ela fez contatos esporádicos com o menino, sempre por telefone.

A diarista mora com a mãe Maria Antunes de Oliveira Martins, 62 anos, na periferia de Xambrê, a 20 quilômetros de Umuarama (Noroeste do estado). Mãe e avó rezam para que o garoto volte ao Brasil são e salvo. Elas temem pela piora no estado de saúde dele, que está sob a guarda de uma família inglesa. O menino sofre de uma doença rara, a Síndrome de Wiscott Aldrich (SWA), uma espécie de leucemia.

Rosineide diz que a gravidez de Edyglaison foi tranqüila, porém desde os primeiros dias de vida o bebê sofria de alergia no estômago e a alimentação era restrita à base de soja e sopas. "Mesmo assim era um garoto forte e alegre", afirma. A mãe diz que autorizou a viagem do filho para o exterior porque um dos objetivos do pai era procurar um tratamento de saúde para ele ou, pelo menos, identificar o problema.

Há cinco meses, Santos tenta sem sucesso repatriar o menino, que ficou retido na Inglaterra após um mau entendido. Em setembro, Edyglaison foi internado no hospital com os sintomas da doença: sangramentos e hematomas. Mas a SWA não foi diagnosticada num primeiro momento e o pai foi acusado de maus-tratos contra o própio filho, perdendo a guarda por decisão da Justiça britânica. Para não ser preso, ele voltou ao Brasil. Menos de uma semana depois, a doença foi confirmada e a acusação de maus-tratos desfeita, mas a Justiça não autorizou o retorno do garoto ao Brasil por conta do estado de saúde dele. O Ministério Público Estadual estuda uma forma de tentar repatriar a criança ou pedir o visto para o pai viajar à Inglaterra.

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