Mãe de Nicole deixa prisão para fazer exame e reconstituição do crime

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Karla Cassiane Ponfrecki, de 19 anos, mãe da menina Nicole Eduarda Ponfrecki Guedes, de 40 dias, encontrada morta numa valeta, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, saiu da prisão, por algumas horas, nesta terça-feira. Karla foi presa na última sexta-feira depois de desmentir a história de roubo da filha - inventada por ela mesmo no dia em que Nicole morreu - na quarta-feira (30).

Pela manhã, Karla esteve no Instituto de Criminalística (IC) onde passou por um exame psicológico para saber se ela sofre de depressão pós-parto. O resultado do exame, segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), deve ficar pronto nos próximos dias, já que o inquérito deve ser concluído até dia 10 de junho.

A tarde, Karla participou da reconstituição do crime. Cerca de 50 pessoas, moradores de Colombo, acompanharam os passos de Karla desde a morte da filha, dentro da própria casa, até o momento em que ela chegou a polícia e inventou a versão do roubo da criança.

De acordo com a Sesp, a reconstituição começou na casa de Karla, onde Nicole morreu, passou pela rua até chegar a valeta onde o bebê foi encontrado, em seguida os policiais e a mãe da criança estiveram em duas casas onde moram parentes do pai de Nicole.

A delegada Daniele de Oliveira Serigheli, titular do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), que está a frente do cargo, não informou possíveis contradições de Karla durante a reconstituição. A intenção da delegada é apurar detalhes da morte da criança. Karla voltou na tarde desta terça para o Centro Feminino de Triagem, em Curitiba, onde está presa desde sexta-feira (1º). Nicole foi enterrada na manhã de sábado em Colombo.

Na sexta-feira quando foi detida, Karla contou a polícia que inventou a história do roubo da filha por medo da reação de familiares e do pai da criança. No dia em que o bebê morreu, Karla contou à polícia que Nicole teria caído de seus braços depois de ser amamentada e morreu e que só deixou a filha na valeta próxima de casa por medo.