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Varas de primeira instância da Justiça do Trabalho em mais cinco cidades do Paraná aderiram à greve dos servidores da categoria que já atinge 17 estados do Brasil desde a quarta-feira (17). As cinco varas de Maringá e Londrina, as três de Foz do Iguaçu e a de Arapongas e Ivaiporã já pararam por tempo indeterminado. A reivindicação é nacional: os servidores pedem a aprovação do Plano de Cargos e Salários, na Câmara Federal e no Senado, até 30 de junho, para cumprir o limite imposto pela legislação eleitoral, possibilitando a implantação do projeto ainda este ano.

Em Curitiba, 16 das 20 seguem sem atividades e as outras quatro funcionam precariamente, o que corresponde a 90% do total, de acordo com o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Paraná (Sinjutra-PR). Na região metropolitana, os trabalhos também estão parados em São José dos Pinhais, Colombo e Araucária. Apenas os trabalhadores comissionados estão trabalhando.

Segundo o coordenador da greve no estado, José Padilha, a tendência é que mais cidades devem aderir a greve nos próximos dias. "Já temos a promessa de que as duas varas de Guarapuava param amanhã (sexta-feira) e a de Pato Branco na segunda-feira", afirma Padilha.

O Sindicato segue trabalhando para buscar mais adesões. Ainda segundo o coordenador da paralisação, muitos servidores do interior do estado continuam trabalhando porque desconhecem as reivindicações e o caráter nacional da greve. "Equipes devem sair de Curitiba na próxima semana para buscar um apoio ainda maior no interior, principalmente nas regiões mais afastadas", conclui Padilha.

No Tribunal da Justiça do Trabalho no Paraná, a portaria divulgada no fim da tarde de quarta-feira segue valendo. Ela determina a suspensão de audiências, atendimentos no balcão e os prazos processuais nas 19 varas de Curitiba e região metropolitana. A tendência é que o Tribunal opte por suspender os atos processuais também nas varas do interior do estado.

Acordo

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) pediu nesta quinta-feira para que os sindicatos estaduais suspendessem a greve por tempo indeterminado. De acordo com a organização, representantes do governo federal apresentarão uma proposta sobre o orçamento e o possível atendimento das reivindicações em dez dias. Entretanto, os servidores do Paraná, São Paulo e Bahia se recusam a parar a greve. "Fizemos uma assembléia e optamos por não seguir a determinação da Fenajufe. E assim continuaremos, com assembléias todos os dias para avaliação da greve no estado", diz Padilha.

Em outros estados, assembléias estão sendo realizadas para definir os rumos do movimento. Perguntado a respeito de uma possível medida provisória para resolver o impasse, caso o prazo para votação do projeto de Plano de Carreiras, o coordenador da greve foi direto: "Pode ser, se houver vontade do governo", finaliza.

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