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Alunos na rede pública de ensino tiveram aulas de 30 minutos em todo o Paraná na manhã e tarde desta quarta-feira (11). A redução será feita também no período da noite. O menor tempo de atividades nas escolas foi motivado pela manifestação dos professores. Eles reivindicam o pagamento do piso nacional da categoria e da hora-atividade de 33%. Em abril de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a lei que criou o piso, que foi fixado em R$ 1.187,97 para este ano.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (App-Sindicato), os professores do Paraná recebem 9,45% a menos do que determina o piso, o que corresponde a aproximadamente R$ 1.084. A entidade informou que o governo do estado se comprometeu a pagar o piso.

Após o encerramento das atividades nas escolas no período da manhã, às 10 horas, os professores foram para o Centro Cívico e ficaram concentrados em frente ao Palácio das Araucárias.

Representantes da categoria entregaram uma carta com as reivindicações dos professores ao governador Beto Richa (PSDB) nesta manhã. Segundo o sindicato, 85% da classe aderiu ao movimento, oque possibilitou que o mesmo documento fosse entregue aos prefeitos de todos os municípios do Paraná.

Richa reafirmou que a Educação é uma das prioridades do governo. Segundo ele, quase todos os professores estão acima do piso no estado, mas os avanços vão continuar.

A App-sindicato espera ainda conseguir melhorias no atendimento de saúde prestado aos professores e demais funcionários das escolas.

O sindicato também esteve reunido com o vice-governador do Paraná e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, por volta das 12h20, para dar continuidade às negociações. De acordo com a presidente do sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, Arns se comprometeu a aplicar o piso o mais rápido possível, talvez já no mês de junho, e o mesmo deve ocorrer com a hora-atividade, que é o período que o professor tem para preparar aulas, corrigir provas e desenvolver outras atividades similares. Ele também garantiu que será desenvolvido um novo modelo para a saúde no atendimento aos professores.

"Saio da reunião otimista e acredito que foi um dia positivo e bem importante para o futuro da educação do Paraná", diz Marlei. Ela informou que com as garantias oferecidas pelo governo estadual, o sindicato não tem novas manifestações programadas. "Caso as promessas não sejam cumpridas, a categoria vai avaliar a situação e, eventualmente, pode realizar uma assembleia para definir os próximos passos", concluiu.

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