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Recolhida desde a batalha, que perdeu para Dilma Rousseff, em torno da concessão ambiental para o projeto das usinas do rio Madeira, Marina Silva volta à cena. Na semana passada, enquanto Lula percorria a África, a ministra do Meio Ambiente procurou a chefe da Casa Civil para reclamar do colega Reinhold Stephanes (Agricultura), porta-voz de um projeto do governo que pretende incentivar o plantio de cana-de-açúcar para produção de biodiesel em algumas áreas da Amazônia. Embora Stephanes tenha se apressado em dizer que são áreas já desmatadas, Marina afirmou que deixará o cargo se a idéia for levada adiante. Nesta semana, deve repetir o aviso a Lula. Nas outras vezes em que ameaçou sair, Marina acabou ficando.

É pouco – O esforço de Renan Calheiros (PMDB-AL) para renunciar apenas à presidência e não ao mandato ainda esbarra na resistência de parcelas do PT, do PSDB e do DEM. Esses senadores entendem que, assim, os processos teriam de ir a plenário, onde o presidente licenciado sabe que não tem mais maioria.

Sem bússola – Desde a licença de Renan, Valdir Raupp (RO) é um homem atordoado. Sem o chefe por perto, o líder do PMDB não sabe a quem encaminhar os pleitos da bancada por cargos e emendas.

Para ontem – Mesmo enfraquecido, o PMDB do Senado cobra de Lula uma definição sobre o Ministério de Minas e Energia. "É urgente. Não dá mais para ficar tudo parado à espera de a situação do Silas Rondeau se resolver", diz um senador do partido.

Outro lado – O usineiro João Lyra alega ter recusado a acareação sugerida por senadores porque, na forma proposta, ele não seria confrontado com Renan e sim com o suposto laranja que este teria usado para comprar veículos de comunicação em Alagoas.

Especiais – As sugestões de alterações à proposta de emenda constitucional que estabelece o voto aberto no Senado, na esteira do caso Renan, vão reintroduzir a modalidade secreta em pelo menos dois casos: nomeações para as cortes da Justiça e apreciação de vetos constitucionais.

Troco 1 – A disputa pelo comando do PT-SP ganhou contornos de revanche ao movimento que ressuscitou a reeleição de Ricardo Berzoini à presidência nacional do partido, sepultando a candidatura de Marco Aurélio Garcia.

Troco 2 – Petistas instalados no Palácio do Planalto, que preferiam o assessor internacional de Lula à frente do PT, agora querem porque querem derrotar em São Paulo o candidato Zico Prado. O deputado estadual é patrocinado por João Paulo Cunha, um dos principais articuladores do ressurgimento de Berzoini.

Ligeira vantagem – Assim como acontece na Assembléia Legislativa, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, conta com o apoio da maioria dos deputados federais do PT paulista à sua candidatura ao comando regional da sigla. Tem oito aliados na bancada, contra seis de Zico Prado.

Tribunal – Os deputados estaduais do PT estudam uma maneira de questionar a constitucionalidade da prorrogação das concessões de rodovias paulistas por até oito anos feita no final de 2006.

Calculadora – Será de R$ 500 mil, neste segundo semestre, o gasto realizado pela Casa Militar de José Serra (PSDB) com o aluguel de carros blindados a serviço do governador e de secretários.

Paralelo – Enquanto trabalham pela queda, no Senado, do dispositivo que desobriga o trabalhador de pagar imposto sindical, as centrais preparam projeto que modifica a estrutura de seu financiamento. Pelo acordo fechado com o governo, a proposta tem de estar pronta em um ano.

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TIROTEIO

• Do presidente do DEM, deputado RODRIGO MAIA (RJ), sobre o fato de Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) cobrar pressa da relatora da proposta da CPMF na CCJ do Senado, Kátia Abreu (DEM-TO):

– O ministro que vá dar ordens para os funcionários das escolas dele.

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