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A greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou 15 dias nesta terça-feira (7), e nesse período aproximadamente 5,5 mil atendimentos deixaram de ser realizados. Segundo números da gerência, a média diária que era de cerca de 700 pessoas atendidas passou para 240 – queda de 66%. Foram 12 dias úteis, nos quais 8,4 mil procedimentos seriam realizados em dias normais, mas apenas 2.913 foram concluídos até terça-feira.

Conforme levantamento repassado pela chefe do serviço de benefícios, Marlene Cortelini Morimoto, desde o início da greve foram cancelados 730 atendimentos que estavam agendados. Foram feitos 571 atendimentos de orientação e informação, 118 solicitações de cópias de processos e 168 agendamentos diversos. Segundo ela, esses são os procedimentos mais prejudicados pela greve. Já os agendamentos cancelados são na maioria de pedidos de benefícios como aposentadorias e salários de maternidade.

Outras solicitações estão com o atendimento considerado normal, pois são consideradas prioritárias. Entre elas as perícias médicas – 945 realizadas nas duas últimas semanas – e os requerimentos de benefícios por incapacidade – 1111 realizados no período. "Todos estão sendo atendidos. A prioridade é essa", disse Marlene.

"Pedimos que a população, assim que souber do fim da greve entre em contato pelo telefone 135 para reagendar os atendimentos", disse ela sobre os procedimentos que não foram feitos. "Lembramos também que no caso de aposentadorias, a Previdência garante que os benefícios vão ser pagos respeitando a primeira data de agendamento", concluiu.

Greve continua

De acordo com o Sindicato dos Servidores do INSS, a greve continua com prazo indeterminado para terminar. O número de grevistas em Maringá segue o mesmo: dos 47 funcionários, 22 (46%) estão em greve.

Reivindicações

A principal motivação para a greve em Maringá é desfazer o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais. "O governo está propondo que quem não trabalhar as 30 horas tenha o salário reduzido, e somos contra isso. Essa jornada é uma conquista de 25 anos que não pode ser perdida", explicou Carlos Antônio do Amaral Rodrigues, delegado do SindPrevsPR em Maringá.

Os servidores também querem que o ticket alimentação, atualmente de R$ 126, seja elevado para R$ 400. Também há reclamações de assédio moral no ambiente de trabalho.

A última greve no INSS de Maringá aconteceu em 2006, quando cerca de 70% dos funcionários ficaram parados por 27 dias, com reividicações semelhantes às de agora.

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