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A previsão é de que o atendimento só volte ao normal em uma semana

Histórico da paralisação

Na região Noroeste do estado, a greve começou por Maringá, com a suspensão das atividades em 31 agências. Nos dias seguintes, a paralisação avançou para cidades vizinhas, como Sarandi, Marialva, Mandaguari e Astorga. No pico do movimento, 45 agências da região ficaram fechadas. Os caixas eletrônicos seguiam funcionando, mas operações de depósitos corriam risco de serem efetuadas depois do prazo usual.

O Banco do Brasil não aderiu à greve. Na negociação com seus funcionários, a empresa ofereceu uma nova proposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), valorização de 3% no piso salarial de todos os níveis e contratação de 10 mil novos funcionários. Já o Bradesco e o Itaú haviam conseguido uma liminar de interdição de greve, que impediu a paralisação dos funcionários. No caso do Bradesco, a liminar foi cassada.

Os reflexos do movimento foram sentidos pelas lotéricas da cidade, que, no início deste mês, chegaram a receber um fluxo duas vezes acima do normal. Nos caixas eletrônicos também houve filas acima da média.

Centenas de pessoas ficaram em filas enormes à espera de atendimento nas agências da Caixa Econômica Federal em Maringá e Sarandi, nesta quinta-feira (22). Nas duas cidades, as fileiras de pessoas se estendiam por quarteirões depois de quase um mês de greve dos funcionários, encerrada nesta quinta. E a previsão não é das melhores. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região (Seeb), a superlotação das agências vai continuar por pelo menos mais uma semana.

De acordo com o presidente do Seeb, Claudecir de Souza, todas as pessoas que estavam na fila de atendimento nesta quinta foram atendidas. A agência central da Caixa, em Maringá, abriu as portas uma hora mais cedo (às 10 horas) para atender o máximo de clientes possível. "Às 16 horas, todos que ainda estavam nas filas do lado de fora tiveram de ser colocados dentro das agências para serem atendidos e as portas foram fechadas. Os funcionários estão fazendo, no mínimo, duas horas extras para dar conta do recado", disse Souza.

Os pedidos de financiamento imobiliários, de penhor e os serviços relacionados aos programas sociais foram os mais procurados neste primeiro dia de atendimento pós-paralisação. "Muitos processos estavam parados. Pedimos para que os clientes tenham paciência e procurem as agências em caso de extrema urgência", explicou Souza.

Sarandi

Em Sarandi, a situação era idêntica a de Maringá. As filas começaram muito antes de o banco abrir as portas. Em uma agência da caixa, a fila ultrapassou 200 metros de comprimento.

Fim da greve

A greve dos bancários da Caixa terminou na manhã de quinta-feira. Seis agências do banco na cidade e cinco na região (Sarandi, Marialva, Paiçandu, Mandaguari e Astorga), voltaram a atender ai público nesta quinta, após assembleia dos funcionários.

Acordo

O banco ofereceu abono salarial de R$ 700, que será pago em janeiro de 2010; além da contratação de 5 mil funcionários até o fim do próximo ano – anteriormente o banco tinha proposto a admissão de 3 mil colaboradores. Também ficou acertado que os dias de greve não serão descontados e a compensação será feita até 18 de dezembro. Outras questões que já haviam sido negociadas, como o reajuste salarial de 6% e a forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), não foram alteradas.

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