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Como comprar com segurança

O Procon dá algumas dicas para que o consumidor evite problemas nas compras feitas em lojas on-line.

Antes da compra

- Levantar informações sobre a empresa junto ao Procon. O consumidor pode ligar para o órgão (no caso de Maringá, o telefone é 44 3293-8150) e pedir se há reclamações recentes, ou acessar o "Cadastro de reclamações de fornecedores", disponível no site do Procon-PR. É possível fazer uma busca, digitando o nome da empresa, e checar o volume de queixas registradas contra a loja.

- Testar a agilidade dos serviços de atendimento ao cliente da empresa. O consumidor pode, por exemplo, telefonar para o teleatendimento e mandar email, solicitando informações. Se a resposta demorar, é um indício de que ele pode ter dificuldade para resolver problemas futuros.

Em caso de problema

- Procurar o Procon e registrar queixa. O órgão tentará, junto à empresa, solucionar o problema, com audiências de conciliação, se for o caso.

- O consumidor pode também registrar Boletim de Ocorrência na polícia, o que servirá de subsídio em uma futura disputa judicial.

- Caso a ação do Procon não resolva o problema, o consumidor pode procurar a Justiça. O Procon recomenda que se busque o Juizado Especial Cível, cujos serviços são gratuitos.

Consumidores acusam a empresa maringaense O Bonzão de não entregar produtos vendidos pela internet. As reclamações estão registradas em boletins de ocorrência (BOs) na 9ª Subdivisão de Polícia Civil, no Procon e em vários fóruns da internet. Muitos dizem, inclusive, que não conseguem entrar em contato com a empresa por telefone e que dificilmente recebem respostas por e-mail.

De acordo com a Junta Comercial, O Bonzão está ativo e em situação legal, desde 3 de novembro do ano passado, quando foi aberto. No entanto, na segunda-feira (28), o site da empresa estava fora do ar. Ao acessá-la, o navegador fornecia a seguinte mensagem: "Loja Bloqueada ou inexistente. Esta loja não foi encontrada. Ele pode ter sido bloqueada ou removida de nosso sistema."

Depois dos cerca de cinco BOs registrados nos últimos meses, a Polícia Civil abriu uma investigação. "Vamos apurar se o crime de estelionato foi praticado", comenta o delegado Paulo Roberto Machado.

A única reclamação registrada no Procon é como a de todos os BOs: pessoas de outros Estados alegam que não receberam o produto que compraram. No caso protocolado no Procon, o cliente, de São Paulo, tinha comprado uma câmera digital. Quanto pediu pelo ressarcimento do valor pago (R$ 380), não foi atendido. Com a intervenção do Procon, a empresa devolveu o dinheiro.

A idoneidade de O Bonzão é também o tema de vários comentários postados em sites na internet – ao colocar o nome da empresa no campo de pesquisa do Google, por exemplo, a quantidade de sites que aparecem é numerosa. As reclamações têm todas o mesmo tom: as pessoas ainda estão à espera de respostas.

A reportagem do JM foi, na tarde de segunda-feira (28), até o endereço em que a loja está registrada. Ela fica no andar superior de outro estabelecimento, junto de mais quatro salas comerciais. Uma placa colocada na porta informa que o atendimento ao cliente é feito de segunda a sexta, das 9h às 12h.

Há, porém, uma série de correspondências acumuladas na porta, o que indica que ninguém esteve na loja recentemente. Uma pessoa que trabalha na região e pediu para não se identificar diz que há 20 dias não vê pessoas no local. Ela fala ainda que, nesse intervalo de tempo, cerca de 10 consumidores estiveram no local procurando informações, inclusive representantes do Procon e da Polícia Civil.

Cliente no Rio

O JM recebeu a reclamação de um leitor, que vive no Rio de Janeiro. O engenheiro Silvio Fiuza Gomes, 61 anos, contou que comprou um televisor de 29 polegadas, pelo site de O Bonzão, no dia 28 de abril. No mesmo dia, ele depositou o dinheiro na conta bancária informada pelo site. Para a entrega do produto, ele forneceu o endereço da sogra, que mora em Jacareí (SP), porque era um presente ao 80º aniversário dela.

"Mais ou menos três dias antes do aniversário [16 de maio], fomos para a casa dela, mas nada tinha chegado", lembrou. "Depois disso, liguei várias vezes e mandei muitos e-mails, mas a empresa só me retornou duas vezes: na primeira vez, disse que o produto estava em falta; na segunda vez, pediram desculpas e disseram que eu aguardasse para o que estava pendente fosse resolvido."

Outro lado

O JM tentou entrar em contato com O Bonzão pelo telefone e pelo e-mail. Até as 14h desta segunda-feira (28), ninguém atendia às ligações telefônicas e nenhuma resposta foi enviada via e-mail.

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