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A caravana é a primeira etapa da campanha Verão sem Dengue, que percorrerá diversas cidades para mobilizar o combate ao mosquito Aedes aegypti | PMM
A caravana é a primeira etapa da campanha Verão sem Dengue, que percorrerá diversas cidades para mobilizar o combate ao mosquito Aedes aegypti| Foto: PMM

O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, lançou nesta segunda-feira (25), em Sarandi (na região metropolitana de Maringá), a "Caravana sem Dengue", projeto que busca mobilizar a população e o poder público no combate ao mosquito Aedes aegypti. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), a escolha do município se deve aos dados preocupantes dos índices de infestação predial na região Noroeste do Paraná. Ao todo serão visitados os 21 municípios do Estado com os maiores índices de infestação do mosquito. A caravana faz parte do programa Verão sem Dengue, que em Maringá é realizado pela Secretaria de Saúde do município.

Em Sarandi, a Secretaria de Saúde ainda está realizando o levantamento de infestação (o último foi divulgado em junho do ano passado). A situação é preocupante, já que o município deve passar todo o Verão sem agentes de combate à dengue. O problema já ocorre desde setembro porque venceu o contrato dos 32 funcionários temporários que faziam o serviço. A prefeitura informou que não os substituiu porque houve atraso na licitação para contratar a empresa que fará o novo concurso público.

As inscrições começam a partir do próximo dia 1º de fevereiro e seguem até o dia 19. A expectativa é de que os agentes sejam contratados somente em março, ou seja, o município ficará sem equipes justamente durante o período do ano mais propício para o crescimento da doença. De acordo com a 15ª Regional de Saúde, o município precisa de 12 agentes. Com a falta dos profissionais, membros do Comitê de Combate à Dengue local realizam um trabalho de emergência, atendendo apenas aos locais considerados mais perigosos, como borracharias.

O problema está impedindo a cidade de seguir as recomendações feitas pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, cada residência deve receber, em média, seis visitas dos agentes por ano Em 2009, a cidade teve 55 casos confirmados da doença.

Região

Segundo o último levantamento divulgado pela Sesa, 11 municípios pertencentes às regionais de saúde de Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí e Cianorte estão entre os vinte municípios com o maior Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito transmissor da dengue. Os dados referentes ao mês de novembro apontavam que a pior situação da região estava em Paiçandu (a 16 quilômetros de Maringá) com um índice de 7,40%, sendo que o tolerado pela Organização Mundial de Saúde é de até 1% de infestação predial. "O percentual é baseado em pesquisa a cada 100 imóveis. Então se um município tem 1% significa que a cada 100 imóveis visitados um tem foco de criação do mosquito", explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

Além de Paiçandu, os maiores números de casos e focos de criação do mosquito na região estavam em: Nova Aliança do Ivaí, Paranavaí, Ângulo, Paranacity, Campo Mourão, Jardim Olinda, Tapira, Maringá, Atalaia e Inajá. Durante o lançamento da caravana, na próxima segunda-feira, o secretário também apresentará os novos índices de infestação.

Caravana

A caravana é a primeira etapa da campanha Verão sem Dengue, que até 6 de fevereiro percorrerá diversas cidades para mobilizar a população e o poder público no combate ao mosquito da dengue. Neste período, ocorrerão atividades em diversos municípios do Paraná. Segundo o secretário, é imprescindível a participação de toda a sociedade para combater a doença. "Sem a participação da população é impossível estabelecer controle satisfatório para a ocorrência da doença, uma vez que a maioria dos criadouros – mais de 90% – são encontrados dentro dos imóveis", afirma Martin em entrevista a Agência Estadual de Notícias.

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