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Segundo Martini, foram tomadas todas as providências necessárias para evitar prejuízo ao erário | Reprodução RPC TV Cultura
Segundo Martini, foram tomadas todas as providências necessárias para evitar prejuízo ao erário| Foto: Reprodução RPC TV Cultura

Na tarde dessa segunda-feira (25), o prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), antecipou o seu depoimento à Comissão Processante da Câmara dos Vereadores, que foi instalada para investigar e julgar atos de sua administração. A princípio, Martini iria depor na terça-feira (26), mas resolveu alterar a data alegando que teria compromissos em Brasília (DF). Existem suspeitas de que a administração municipal tenha comprado irregularmente bombas de veneno e herbicidas na loja agropecuária pertencente à esposa do então chefe de gabinete da prefeitura, Ailson Donizete de Carvalho.

De acordo com informações do Paraná TV – 2ª Edição, durante o depoimento de três horas, Martini afirmou que nunca autorizou uma compra na empresa ligada ao ex-secretário. De acordo com o Martini, a aquisição de dez bombas e 150 litros de herbicida foi feita sem licitação por causa do valor inferior a R$ 8 mil. Ele explicou que nesses casos, as secretarias teriam autonomia total pra fazer as compras.

O prefeito ainda acrescentou que foram tomadas todas as providências necessárias para evitar prejuízo ao erário, exonerando o funcionário e devolvendo o dinheiro à prefeitura no dia 5 de novembro. A comissão ainda terá os depoimentos de quatro testemunhas de defesa, sendo que 12 já foram ouvidas.

Denúncias

A investigação da Comissão Processante busca apurar se o ex-chefe de gabinete, Ailson Donizete de Carvalho, fez a compra das bombas e herbicidas para o município na própria loja. Os vereadores alegam que, na época, não houve licitação e que estão encontrando dificuldades em conseguir documentos junto à prefeitura.

Os parlamentares disseram ainda que outras denúncias, inclusive de corrupção, chegaram à Câmara, mas em todos os casos há dificuldade de acesso aos documentos. Segundo o Ministério Público, a administração municipal está respondendo a 36 inquéritos que estão tramitando em segredo de justiça. Martini chegou a ser afastado do cargo, mas foi voltou ao posto.

A Comissão Processante é presidida pelo vereador Luiz Carlos Aguiar (PPS) e tem Aparecido Bianco (PT) como relator e José Roberto Grava (PSC), como membro. O órgão tem até 10 de março para encerrar os trabalhos.

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