Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Problemas em comum

Empregados da limpeza de Maringá e Campo Mourão estão sem receber salários

Garis de Campo Mourão cruzaram os braços até receberam o salário de novembro. Já em Maringá, ex-funcionários da empresa que cuidava do lixo brigam na justiça por dívidas trabalhistas

Os ex-funcionários da Maringá Lixo Zero, que tratou o lixo da cidade até junho, e os garis de Campo Mourão encontram-se numa situação parecida e delicada. Depois de seis meses, os trabalhadores em Maringá ainda brigam na justiça para receber dívidas trabalhistas não pagas depois do fim do contrato. Em Campo Mourão, esta terça-feira (8) foi o segundo dia de paralisação dos garis que não receberam o último salário.

São cerca de 50 profissionais que estão de braços cruzados enquanto o lixo em Campo Mourão se acumula. A paralisação atinge metade do efetivo da limpeza. Segundo eles, essa é a primeira vez que ficam sem o ordenado, mas as dívidas já se acumulam. "Quem trabalha precisa no fim do mês ter dinheiro para pagar as contas", reclamou o gari Luis Lemes, em entrevista ao Paraná TV, 2ª edição.

A empresa que administra o serviço alegou que a prefeitura não repassou o dinheiro. "Atrasar faturas acontece. A empresa banca enquanto consegue, mas agora não tem como repassar para os funcionários", disse a auxiliar de recursos humanos, Milene Bortotti. Já o coordenador geral do município de Campo Mourão, Wilson Santana, informou que parte do recurso foi depositado e que ainda essa semana a empresa deve receber o restante.

A empresa confirmou o recebimento, mas informou que a quantia ainda é insuficiente para saldar os salários dos garis.

Maringá

Em Maringá, 89 ex-funcionários da Maringá Lixo Zero esperam receber dívidas deixadas depois do fim do contrato com empresa encerrado em junho. Na última semana, o juiz da Vara do Trabalho de Maringá determinou o arresto dos bens, e o relatório deve ficar pronto ainda essa semana. Segundo o advogado do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) de Maringá, Cleverson Tomazoni Michel, cada um dos trabalhadores requer entre R$ 3 mil e R$ 4 mil na Justiça.

"O arresto serve para impedir alienações dos bens. O oficial de justiça fez uma lista e agora será atribuído um valor para cada item", explicou o advogado. Os bens em questão são os equipamentos deixados dentro do aterro controlado de Maringá. Até junho vigorou um contrato entre a Maringá Lixo Zero e a Prefeitura Municipal para separação dos resíduos recolhidos. Também foi produzido material fotográfico da usina abandonada. "São canos de alumínio, uma área coberta e equipamento de triagem, como esteiras", disse Michel, que acompanhou a listagem.

Existe ainda, segundo o advogado, uma quantia de R$ 100 mil depositados em uma conta bloqueada pela justiça. Os empregados requerem essa quantia como pagamento. "Uma empresa que investiu esse dinheiro na empresa quer ele de volta, mas dívidas trabalhistas têm preferência", explicou Michel.

A Maringá Lixo Zero, que operou o sistema Biopuster em Maringá, ainda pode recorrer. Se o pedido for negado haverá um leilão dos materiais arrestados. O sindicato espera que a empresa vencedora da licitação do lixo na cidade se interesse e compre os bens. A Maringá Lixo Zero foi procurada pela reportagem para falar sobre o assunto, mas o único autorizado a falar encontra-se em viagem à Alemanha.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.