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Paraná pode ter mais 16 pedágios

ais 16 pedágios poderão ser instalados no Paraná, conforme proposta dos engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), que alegam não haver outra alternativa para manter as estradas em boas condições de uso. Estudo da Associação dos Engenheiros do DER sugere um novo modelo de concessão: pedágios de conservação administrados pelo DER, sem fins lucrativos, que arrecadaria dinheiro apenas para garantir manutenção e sinalização adequada às estradas. "O pedágio é um modelo acertado para a conservação das rodovias. O que precisa ser questionado é quanto se paga por ele", diz o engenheiro Osmar Lopes, representante da associação.

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Uma das estradas que podem receber pedágio, conforme proposta dos engenheiros do DER, é a PR-317, no trecho entre Maringá e Iguaraçu. A proposta divide opiniões entre os usuários da rodovia. Um dos que se mostram contrários à instalação do projeto foi o aposentado Zailson Lemos, que reside em Lobato (a 55 quilômetros de Maringá), e que trafega pela rodovia de três a quatro vezes por semana. "Os governos têm que melhorar as estradas e largar mão dessa ideia aí. O povo brasileiro já está muito sacrificado e ainda querem colocar mais pedágio?", questiona o motorista.

O ponto de vista é compartilhado por Gilson Paulo Ferreira, militar da reserva, morador de Maringá. Na opinião dele, em vez de ser cobrada uma tarifa para ajudar na conservação da rodovia, o governo deveria melhorar a distribuição do que arrecada. "O governo faz uma má aplicação dos recursos, que poderiam ser utilizados nas melhorias das estradas. O pior dessa terceirização das rodovias é o governo deixar de fazer o seu serviço", diz.

Já o empresário Nivaldo Fanhani se mostra favorável à aplicação de uma tarifa, desde que a estrada fosse duplicada. "Se colocar o pedágio com preço entre R$ 1 e R$ 2,50 é um valor justo. Mas precisa oferecer algo melhor do que esta aí. É uma estrada que tem manutenção, mas que conta com um movimento muito grande e pista simples", declara Fanhani, que é proprietário de um posto de combustíveis entre Maringá e Iguaraçu.

Se a cobrança entrar em vigor, o caminhoneiro César Oliveira, de Santa Fé (a 50 quilômetros de Maringá) também espera que o valor seja menor do que o cobrado pelas concessionárias privadas. "Se colocarem uma tarifa alta vai ficar muito ruim para quem tem que viajar quase todo dia neste trecho, como eu", destaca Oliveira, que trabalha no transporte de grãos e areia.

Condições da estrada

A PR-317 liga a cidade de Santa Helena (na Região Oeste do Paraná) a Santo Inácio (no Noroeste), próximo à divisa com estado de São Paulo. Na pesquisa apresentada em 2009 pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ela foi avaliada como boa (sinalização e geometria regulares e ótimo pavimento) no trecho de 70 quilômetros entre Maringá e Peabiru, já pedagiado (administrado pela concessionária Viapar) e que conta com cerca de 30 quilômetros duplicados.

No sentido Maringá-Iguaraçu, os motoristas também consideram que a estrada está boa. "A conservação do local não é das piores, mas teria como melhorar em alguns trechos com certa deficiência. Mas isso não justifica de maneira nenhuma o pedágio. A região é rica e arrecada muito imposto para os governos estadual e federal", salienta Gilson Ferreira.

Para o caminhoneiro Sandro Fioroto, o trecho deveria contar com mais áreas de terceira faixa. "Um tempo atrás a estrada estava em más condições, mas com o recape ficou boa. O problema é que ela é muito movimentada e, por ser de pista simples, acaba ficando perigosa. Se aumentar a terceira faixa, vai melhorar o fluxo de caminhões e evitar tantos acidentes como os que a gente vê por aqui. Se for pra ajudar na conservação da estrada, eu sou favorável ao pedágio com preço justo."

Você concorda com a criação do pedágio na PR-317, entre Maringá e Iguaraçu?

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