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O governo estima que com a inauguração da Penitenciária de Semiliberdade de Maringá, serão criadas mais 608 vagas no sistema prisional paranaense | Joel Cerizza AE Notícias
O governo estima que com a inauguração da Penitenciária de Semiliberdade de Maringá, serão criadas mais 608 vagas no sistema prisional paranaense| Foto: Joel Cerizza AE Notícias

Na manhã dessa segunda-feira (04), durante a reunião "Mãos Limpas", o governador Roberto Requião (PMDB) determinou que a Secretaria de Estado de Obras entre em contato com a empresa vencedora das licitações de duas penitenciárias no Noroeste do Paraná. O objetivo é dar início às obras nas unidades de Cruzeiro do Oeste e de Maringá. No entanto, existe uma certa preocupação do governo com relação à construção da unidade maringaense.

"Essa empreiteira está com algumas grandes construções e eu preciso ter certeza que ela terá condição de concluí-las, ver se ela não está assumindo obras acima da sua capacidade", afirmou o governador durante o encontro. Requião ainda solicitou ao secretário de obras, Júlio Araújo, que se reúna com os representantes da empresa.

"Se tivermos as garantias, eu homologo a licitação e as obras iniciam imediatamente", disse Requião em entrevista a Agência Estadual de Notícias (AEN). O governo estima que, com a inauguração da Penitenciária de Semiliberdade de Maringá, serão criadas mais 608 vagas no sistema prisional paranaense. O projeto prevê investimentos de R$ 4,8 milhões, sendo R$ 2,8 milhões do Ministério da Justiça e R$ 2 milhões do Estado do Paraná.

Retomada

A retomada das obras do presídio foi anunciada em outubro do ano passado. As obras estavam paradas desde 2003 em razão de uma discussão judicial entre Estado e construtora. De acordo com a AEN, o Paraná entrou com pedido de indenização contra a empreiteira responsável, que abandonou a obra sem concluí-la.

Ainda em outubro de 2009, logo após o anuncio da retomada das obras, o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), se mostrou contrário à construção da Penitenciária de Semiliberdade de Maringá. Na avaliação do grupo, muitos presos em regime de semiliberdade se envolvem novamente com a criminalidade e isso pode aumentar a violência na cidade.

"Você traria para cá presos de todas as regiões do estado para que eles ficassem soltos durante o dia, circulando pelas ruas. A maioria dos presos da semiliberdade foge do regime e é usada por estruturas do crime organizado", afirmou na ocasião o diretor executivo da entidade, Everaldo Belo Moreno. O regime semiaberto também havia sido criticado por vereadores maringaenses, que pretendem conversar com o governador Roberto Requião e evitar a implementação desse sistema na cidade.

Cruzeiro do Oeste

De acordo com o governador Roberto Requião, a construção do novo Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Cruzeiro do Oeste, começa ainda esse mês. A nova penitenciária (para a qual já foi assinada a ordem de serviço), terá capacidade para 728 presos em regime fechado. Os investimentos com recursos do governo federal somarão R$ 18,1 milhões, com contrapartida de R$ 3,6 milhões do Estado.

Segundo assessoria de comunicação do governo estadual, a nova unidade foi projetada com divisão das alas de acordo com o perfil de presos, equipada com setor de saúde, biblioteca, assistência social, psicológica e jurídica, salas de aula e espaços para cursos e canteiros de trabalho.

Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, informou que o Estado espera terminar este ano com 20 mil vagas disponíveis no sistema carcerário. Atualmente as delegacias contam com cerca de 13 mil detidos. "É evidente que o Estado não pode parar de reprimir o crime, e como esse trabalho vem sendo muito bem feito, o número de presos não para de aumentar", afirmou nesta segunda-feira.

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