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Grevistas ignoram presença do ministro do Trabalho em Londrina

Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), que representa os servidores do Ministério do Trabalho (MTE), em greve desde o dia 6 de abril, não realizou nenhuma manifestação durante a visita do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, à Londrina, na manhã desta sexta-feira (16). Para a entidade, o ministro "não está apoiando o movimento".

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A delegacia de Maringá do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) suspenderá a emissão de carteiras de trabalho a partir da próxima segunda-feira (19). Os funcionários locais anunciaram, nesta sexta-feira (16), que irão aderir à greve que é realizada em diversas cidades do estado, como Londrina, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

O MTE também é responsável pela solicitação do seguro-desemprego de algumas categorias, como empregadas domésticas; e por emitir registros profissionais. Essas atividades também ficarão suspensas, segundo os servidores. Seguirão trabalhando apenas os fiscais.

A delegacia da cidade tem 16 servidores administrativos e 10 auditores fiscais - somente os primeiros estão sujeitos a aderir à paralisação. A gerência de Maringá atende a 128 municípios do Noroeste, incluindo cidades-polo, como Cianorte, Paranavaí, Campo Mourão e Umuarama. Em todo o Paraná, cerca de 200 servidores integram o quadro do MTE

Na semana passada, quando a greve foi deflagrada, os servidores da delegacia de Maringá decidiram manter as atividades. Nesta semana, cerca de 50% se juntaram ao movimento, que agora terá adesão completa. "A gente estava esperando a definição das delegacias de outras cidades e outros estados. Como elas aderiram á greve, a gente resolveu aderir também", diz o servidor Odilon Ferreira dos Santos, que atua no setor de carteiras de trabalho.

Reivindicações

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), que representa os trabalhadores, afirma que as negociações com o governo federal foram iniciadas em 20 de fevereiro de 2009. No final do ano, a categoria só interrompeu a greve, porque o Ministério do Planejamento teria se comprometido a apresentar uma nova proposta à categoria. Desde então, houve cinco reuniões, mas o governo não atendeu às reivindicações dos servidores do MTE.

Os trabalhadores reivindicam a criação de um plano de carreira específico e independente de outros órgãos. Atualmente, a categoria está atrelada aos servidores da Seguridade Social, que engloba ainda funcionários da Saúde, Funasa e Previdência. O sindicato alega que os servidores do MTE têm o menor salário do serviço público do país.

A categoria pede ainda jornada de trabalho com atendimento de 12 horas, em dois turnos de 6 horas e que as gratificações sejam imediatamente incorporadas aos salários. Além de melhores condições de trabalho, com a melhoria dos prédios onde as unidades do Ministério estão sediadas, e paridade de reajuste entre ativos e aposentados.

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