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O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) apreendeu nesta quinta-feira (17) cerca de 50 mil cartuchos de impressoras falsificados que eram vendidos para órgãos públicos de todo o país. As investigações apontaram que a quadrilha se especializou em participar de licitações para produtores de informática, mas que os cartuchos de tinta entregues eram fabricados numa indústria de fundo de quintal, em Maringá. Trabalhando com produtos falsificados, a quadrilha tinha condições de oferecer preços baixos e vencer as concorrências públicas. Um homem foi preso.

De acordo com o delegado Fernando Ernandes Martins, existem relatos de que em 2004 o grupo já agia com esse esquema. De tempos em tempos empresas de fachada eram abertas para participar das licitações. Depois que venciam a concorrência e entregavam os cartuchos falsificados, a empresa era fechada e uma nova era aberta, sempre em nome de laranjas.

As investigações policiais tiveram início a partir de representações das marcas HP e Lexmark. Os departamentos de segurança das empresas identificaram a existência dos produtos irregulares no mercado, já que alguns clientes buscavam assistência técnica sem saber que haviam sido vítimas de falsificação. As empresas então descobriram que todo o material era proveniente de Maringá e avisaram o Nurce.

Durante a apreensão desta quinta, os policiais encontraram um grande carregamento de cartuchos que haviam sido vendidos para a Casa Civil do Estado da Bahia. "O governo (da Bahia) devolveu, mas os criminosos já se preparavam para revender o mesmo lote", explicou Martins.

O Nurce dificilmente conseguirá mensurar o tamanho do golpe, já que muitos clientes simplesmente não relatam o golpe. "O produto é muito parecido com o original, o que dificulta a identificação da fraude", explicou o delegado. O dono da casa onde funcionava a indústria clandestina foi preso, mas os policiais sabem que ele não faz parte da organização da quadrilha. "As investigações seguem para identificarmos os verdadeiros mentores do esquema. Eles devem responder por crime contra propriedade industrial, fraude em licitação e estelionato", explicou.

Na fábrica clandestina, além dos produtos prontos, os policiais ainda encontraram máquinas que faziam as embalagens. Ao todo, sete mandados foram cumpridos, mas apenas dois deram resultado.

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