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Antes mesmo da prefeitura ficar proibida de usar o aterro, entulho da construção civil já era vetado | Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Antes mesmo da prefeitura ficar proibida de usar o aterro, entulho da construção civil já era vetado| Foto: Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo

De 1º de janeiro para cá as construtoras, empresas de caçambas e carroceiros estão proibidos de despejar entulhos de construção civil no aterro de controlado de Maringá. Quase um ano depois, os chamados grandes geradores estão pagando mais caro para destinar os resíduos e não contam com tecnologia de gerenciamento eficaz para diminuir a quantidade gerada. O custo que antes era em média de R$ 60 para o caçambeiro, teve a quantia aumentada em mais R$ 100, pago às pedreiras autorizadas ao processamento.

De acordo com o engenheiro Leonardo Ramos Fabian, diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Noroeste do Paraná (Sinduscon), a situação agora está mais tranquila para os construtores, mas os três primeiros meses foram complicados. "Ficamos 3 meses sem poder agir. As pedreiras não estavam preparadas para emitir notas e tivemos que estocar os resíduos na obras", disse.

Para baratear o custo, o ideal é aplicação de um sistema de gerenciamento de resíduos nas construções, mas não há um método eficiente disponível na região. "Não tem ninguém fazendo gerenciamento. Estamos buscando uma parceria técnica com o Sesi e com o Senai. O que pode ser feito é triturar os restos para pavimentação de ruas ou até mesmo incluir na própria argamassa", exemplificou Fabian.

O problema é que qualquer situação envolve altos custos. "Até mesmo para os grandes geradores fica caro instalar uma usina de processamento junto à obra".

A tendência, no entanto, é de uma maior conscientização das construtoras e dos responsáveis pela destinação. "Entendemos essa lei como uma evolução natural em defesa do meio ambiente. O sindicato tem trabalhado na conscientização principalmente dos caçambeiros", disse. "O que falta é uma fiscalização maior dos pequenos geradores, pois mesmo com os postos de entrega, ainda é comum vermos esse material em terrenos baldios", disse Fabian.

Resolução do Conama

A proibição segue resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que exige o depósito apenas de lixo urbano nas áreas de aterro. Essa foi uma medida para adequar o aterro às exigências dos órgãos ambientais

O município negociou com a iniciativa privada o licenciamento de áreas para receber entulhos. Os grandes geradores contam com dois locais para o depósito de Resíduos de Construção e Demolição (RCD): a Pedreira Ingá, na estrada São José, nas proximidades do aterro controlado, e a Pedreira Mauá, na estrada Guaiapó.

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