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As agências do HSBC estão fechadas nesta quarta-feira (28) em Umuarama, Paranavaí e Campo Mourão, em razão de um protesto dos bancários. Há paralisação ainda em cidades vizinhas, como Cruzeiro do Oeste, Assis Chateaubriand e Alto Paraná. Cerca de 60 funcionários estão parados na região. As agências de Maringá funcionam normalmente. Os bancários reclamam de uma suposta manobra da empresa para reduzir a participação dos funcionários nos lucros. As atividades voltam ao normal na quinta-feira (29).

O protesto ocorre em âmbito nacional e envolve todos os sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), o que inclui Curitiba. O sindicato de Maringá não participa do ato porque é ligado à Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec). "Vamos nos reunir com a direção de Recursos Humanos da empresa em novembro. Até lá, não há previsão de paralisação", diz Janilson Santana, diretor administrativo do sindicato maringaense e funcionário do HSBC.

De acordo com a Contraf-CUT, a direção do HSBC fez uma manobra fiscal e contábil que reduziu em 26,22% a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga aos funcionários. Segundo eles, a PLR foi calculada sobre um valor menor que o lucro realmente obtido pelo banco. Na sexta-feira (30) o órgão afirma que os funcionários do banco usarão roupas pretas, simbolizando o "luto" diante do posicionamento do banco.

Por meio de nota distribuída à imprensa, o banco afirma que "refuta veementemente a insinuação de sindicatos de bancários de que o banco teria manipulado os números do balanço semestral de 2009". A nota diz ainda que a crise financeira gerou muita inadimplência dos clientes, o que gerou um impacto de R$ 457 milhões no lucro líquido, após a dedução dos impostos e contribuições.

Greve

A paralisação acontece três semana após o fim da greve que atingiu os bancos privados de todo o país. O movimento durou 15 dias. A Caixa, contudo, permaneceu fechada por quase um mês. Os sindicalizados aceitaram uma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6% de reajuste salarial, além de ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No início da paralisação, os bancários pediam 12%, ao passo que a Fenaban oferecia 4,5%.

No pico do movimento, 45 agências da região ficaram fechadas. Os reflexos do movimento foram sentidos pelas lotéricas da cidade, que, no início deste mês, chegaram a receber um fluxo duas vezes acima do normal. Nos caixas eletrônicos também houve filas acima da média.

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