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Tião Carreiro e Pardinho, após um show no auditório da Rádio Cultura, no final da década de 1950 | Divulgação
Tião Carreiro e Pardinho, após um show no auditório da Rádio Cultura, no final da década de 1950| Foto: Divulgação
  • Inauguração do Auditório da Rádio Cultura em 10 de maio de 1953

A ideia inicial de se constituir a Rádio Cultura surgiu em 16 de novembro de 1949. O projeto foi resultado do envolvimento dos empresários José Medeiros da Silveira, Odwaldo Bueno Netto, Amadeu Vuolo e Átila de Souza Melo. Infelizmente, naquele momento, a empresa não decolou por falta de estrutura técnica e financiamentos.

Em 1950, o radialista Samuel Silveira, profissional do segmento de longa data, adquiriu alguns equipamentos e tomou à frente do projeto. Assim foi iniciada a reestruturação da Rádio Cultura. Um ano depois, em 15 de junho, as primeiras ondas radiofônicas ecoaram pelos alto falantes instalados pela Avenida Brasil.

Quem ficou responsável por sua montagem e manutenção foi Francisco Dias Rocamora. Ele foi quem disse as palavras da primeira transmissão: "Senhores, senhoras, esta é a ZYS-23, Rádio Cultura de Maringá, em 1520 kHz, inaugurando as atividades". Rocamora também foi locutor esportivo.

A sede da rádio ficava na Avenida Herval, em um quarto de madeira com 36 m². A antena, naquela época, estava instalada onde hoje fica a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os programas eram veiculados ao vivo, o que atraía ainda mais o público. Os primeiros locutores foram Aloysio Raphael Barros (Barrinhos), Dirceu Fernandes de Souza e Thomás de Aquino Negreiro.

Em 1953, durante as festividades do sexto aniversário da cidade, a Rádio Cultura inaugurou seu auditório, além das ampliações de sua estrutura. Um dos programas de auditório mais prestigiado era o Clube do Caçula.

Com a energia elétrica, por meio do Telex, as notícias nacionais passaram a fazer parte do quadro informativo dos jornais da Rádio Cultura de Maringá.

Depois dela, outras rádios foram instaladas na cidade, como a Rádio Atalaia, por exemplo. Era uma época de grandes anúncios e jingles que faziam a diferença no retorno financeiro dos empresários. Era um período que as famílias se sentavam próximo aos grandes aparelhos de rádio e sonhavam com as mensagens e músicas transmitidas. Ter um aparelho desses era um luxo de primeira ordem.

Miguel Fernando escreve aos sábados na Gazeta Maringá. Ele é bacharel em Turismo e Hotelaria e especialista em História e Sociedade do Brasil. É instituidor do Projeto Maringá Histórica, o qual se estende na coluna publicada na Gazeta Maringá e em outra, produzida para a Revista ACIM

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