A 15ª Regional de Saúde interditou no início desta semana o centro cirúrgico, a cozinha e a lavanderia do Hospital Municipal de Paranacity, a 75 quilômetros de Maringá. A decisão foi tomada depois que o órgão realizou uma auditoria e constatou diversas irregularidades no hospital, como a falta de condições sanitárias para determinados procedimentos. A Secretaria Municipal de Saúde tem 90 dias para solucionar os problemas, para que o hospital volte à normalidade.
São oferecidos, neste momento, apenas atendimentos de emergência, no pronto-socorro. Pacientes com casos mais complexos, que exigem internação ou procedimentos cirúrgicos, são encaminhados para Cruzeiro do Sul, Mandaguaçu e Maringá - neste caso, é utilizado o Hospital Universitário (HU). Tanto a comida quanto os serviços de lavanderia estão sendo feitos por empresas de fora.
As irregularidades foram denunciadas a 15ª Regional de Saúde, órgão sediado em Maringá, pelo vereador Mário Gusman de Souza (PMN). Ele foi o autor de um pedido de auditoria no hospital informando que, no pico da gripe A H1N1, estava faltando materiais de cama. Ele também relata o caso de uma criança que não pôde ser atendida porque o médico julgou que o hospital não tinha condições.
O Centro Cirúrgico interditado realiza normalmente procedimentos de cesariana. Desde dia 9, quando os atendimentos deixaram de ser feitos, 5 mulheres grávidas foram encaminhadas para hospitais da região.
A reportagem procurou o secretário municipal de Saúde de Paranacity, mas foi informada de que ele estava em reunião e não poderia falar.
Prazo insuficiente
A diretora do hospital, Maisa Silva de Lima, que está no cargo há três meses, fala que os problemas do hospital são de longa data e se devem "à falta de manutenção". Maisa diz que há um cronograma de obras que inclui a terceirização da lavanderia e construção da cozinha em um novo local. Ela não soube precisar o que será feito no centro cirúrgico.
A diretoria, contudo, não acredita que, em 90 dias, prazo estimulado pela Regional, seja possível resolver todos os problemas apontados. "O prazo é pequeno. Tem muita coisa para fazer e, como não podemos fechar todo o hospital, a reforma vai levar bastante tempo."
O Hospital Municipal de Paranacity recebe para consultas, em média, 50 pessoas por dia. A cidade tem cerca de 10 mil habitantes.
-
Caminho do impeachment? Semelhanças e diferenças entre as brigas de Lula x Lira e Dilma x Cunha
-
Direita é maior que esquerda no Brasil, mas precisa se livrar do clientelismo
-
Comissão dos EUA que investiga relatos de censura no Brasil pede que Rumble entregue ordens do STF
-
A crucial ajuda americana para a Ucrânia
Deixe sua opinião