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Entenda a classificação da Anac

No que se refere à segurança contra fogo, os aeroportos brasileiros são classificados numa escala que vai de 1 a 10. Os critérios adotados pela Anac são os mesmos da Organização Internacional da Aviação Civil , e levam em conta a dimensão da maior aeronave que opera no terminal, a quantidade de voos, fluxo de passageiros, equipamentos e pessoal disponíveis para combate a incêndio, principalmente em casos de acidentes aéreos. No caso do aeroporto de Maringá, a maior aeronave em operação é o Boeing 737-800, que exige categoria 7.

Porém, de acordo com uma resolução da própria agência, se essa aeronave realiza menos de 700 pousos e decolagens a cada 90 dias no aeroporto, é permitido adotar a categoria imediatamente inferior, que no caso de Maringá, bastaria que o terminal cumprisse as exigências do nível 6 de combate ao fogo. Contudo, em novembro a Anac constatou que a proteção contra incêndio em Maringá equivalia à categoria 5, e reclassificou o aeródromo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está analisando pedidos de três novos voos no Aeroporto Silvio Name Junior, dos quais dois deverão ser negados se o terminal não correr para realizar as adequações necessárias. O aeroporto de Maringá foi rebaixado na categoria técnica que define a segurança contra incêndio, e com isso, três novas rotas já foram proibidas e operar na cidade. Uma delas chegou a iniciar as atividades, mas na última segunda (23) precisou abandonar a rota.

Desde de 26 de novembro de 2009, quando a Anac classificou o terminal com nível 5 de combate a incêndio (até então era 6, numa escala que vai de 1 a 10), duas empresas, Trip e Gol, tentaram ampliar a oferta de voos na cidade, mas não conseguiram. As três rotas resultariam em 17 pousos e 17 decolagens por semana. As mesmas empresas pleiteiam novas operações, mas novamente com aviões maiores do que a estrutura atual do aeroporto permite.

A Trip pediu autorização à Anac para ofertar uma nova rota utilizando o jato Embraer 170, mas essa aeronave só pode aterrissar em terminais de categoria 6. Já a Gol solicitou operação de novo voo com o Boeing 738, que só aterrissa em pistas de categoria 7. Na realidade, a empresa já voa para Maringá com esse jato, mas a determinação não afeta rotas que já estão em funcionamento.

Essas categorias são definidas pelo tamanho do avião e pelo número de passageiros. Para se ter uma idéia, a Trip também pretende abrir nova rota com uma aeronave AT43, que pode pousar em pistas de categoria 4. Esse avião mede 22 metros. Já o Embraer 170 tem 30 metros de comprimento e Boeing 738 tem 40 metros.

Apesar de estar na categoria 5, o terminal pode fazer até 700 pousos e decolagens com aviões da categoria imediatamente acima. Mesmo assim, essa cota já foi extrapolada no Aeroporto Silvio Name Junior. Entre outubro e dezembro de 2009, por exemplo, foram registradas 898 operações com aeronaves de categoria 6 – Boeing 737, Embraer 195, 190 e 170, utilizados pela Azul Linhas Aéreas.

O superintendente do aeroporto maringaense, Marcos Valêncio, confirmou os pedidos das empresas e voltou a lembrar que o município fará as adequações necessárias para que as ofertas de voos voltem a crescer. O município não poderá receber novos voos enquanto o local não contar com dois caminhões de bombeiros, modelo AP2 (Ataque Principal), exclusivamente preparado para combater incêndio de aeroportos.. Hoje o terminal conta com um desse modelo e outro deverá ser emprestado como medida paliativa. O custo é de cerca de R$1,5 milhão, mas a importação demora o processo de compra.

Crescimento

Valêncio considera o rigor da Anac um fator positivo, pois reflete o crescimento do aeroporto de Maringá e a aviação civil no Noroeste.Em 2009, foram registrados 319.576 embarques e desembarques, aumento de 47% no fluxo de passageiros em relação ao ano anterior. Esse foi o terceiro maior índice do país, atrás apenas dos aeroportos de Viracopos , em Campinas/SP (com 210%) e Itajaí/Navegantes-SC (com 50%).

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