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Câmara de Maringá

Vereadores rejeitam recomendação do MP e votam mudanças do Plano Diretor

Mandado de segurança pedido pelo vereador Humberto Henrique (PT) para impedir votação foi negado, mas parlamentares concordaram em adiar pontos polêmicos por três sessões

Os protestos durante a conferência deram origem a um documento, apresentado ao Ministério Público | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Os protestos durante a conferência deram origem a um documento, apresentado ao Ministério Público (Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo)

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (22) entre representantes das entidades, da prefeitura, vereadores e o Ministério Público, a promotoria recomendou que as mudanças no Plano Diretor não fossem votadas na sessão ordinária da Câmara Municipal. Contrariando o pedido do promotor Mauricio Kalache, os parlamentares incluíram quase todos os pontos em regime de urgência. Contudo, um dos mais polêmicos foi adiado por três sessões: aquele que define o uso e ocupação do solo e acaba com as áreas de contenção.

Antes disso, o vereador Humberto Henrique havia solicitado à justiça um mandado de segurança para impedir a votação. A alegação foi a ilegitimidade e a confusão que ocorreu na Conferência Pública para o Plano Diretor realizada sob tumulto na segunda-feira (21). A justiça não concedeu o pedido de Henrique, explicando que o poder judiciário não deve interferir no legislativo. Um acordo entre oposição e base de apoio do prefeito decidiu adiar um dos pontos polêmicos por três sessões.

O Plano Diretor estabelece as principais regras do planejamento urbano da cidade. Entre as mudanças aprovadas, estão temas polêmicos, como a extinção das áreas de contenção, de modo que construções possam ser realizadas onde hoje há área rural; e o prazo de dois anos para que proprietários façam construções nos lotes vagos da região central, os chamados vazios urbanos.

A conferência

A conferência estava marcada para a manhã de segunda-feira no auditório Hélio Moreira. Muitas pessoas que chegaram ao local não conseguiram credenciamento e nem mesmo acompanhar as discussões. Por isso a audiência foi remarcada para tarde, no plenário da Câmara, mas o número de delegados e a distribuição de credenciais foi mantido, o que causou indignação. Os representantes das entidades que protestavam usavam apitos e nariz de palhaço.

O protesto evoluiu até que a discussão entre as partes deu lugar ao empurra-empurra e tapas, na qual o vereador Jonh Alves (PMDB) se envolveu. O estudante Carlos Emar Mariucci foi à 9ª SDP, onde registrou queixa contra o parlamentar por agressão. No fim da tarde, um grupo de 29 entidades divulgou um documento repudiando a conferência.

O chefe de gabinete do prefeito, Ulisses Maia, disse que a distribuição dos crachás de credenciamento foi feita por ordem de chegada e que o problema aconteceu porque havia mais pessoas do que crachás.

Mais informações em breve

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