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“O aeroporto nunca está pronto, tem de estar sempre em constante desenvolvimento, principalmente um aeroporto como o nosso, que apresenta uma linha de crescimento com muitas oscilações.” | Chuniti Kawamura/SECS
“O aeroporto nunca está pronto, tem de estar sempre em constante desenvolvimento, principalmente um aeroporto como o nosso, que apresenta uma linha de crescimento com muitas oscilações.”| Foto: Chuniti Kawamura/SECS

Justiça

Ação quer pôr São José no mapa aéreo

A prefeitura de São José dos Pinhais entrou na semana passada com uma ação declaratória na Justiça contra a União Federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero para garantir que sistemas de comunicação e os próprios órgãos citados informem a localização correta do Aeroporto Internacional Afonso Pena como sendo no município. Hoje, em documentos oficiais da Anac, Infraero e governo federal, Curitiba aparece como a cidade-sede do aeroporto.

A ação foi ajuizada junto à Vara Federal Cível do Paraná. O juiz responsável pelo caso decidiu que o município de Curitiba também deverá se pronunciar.

Conforme nota divulgada pela prefeitura, a principal reivindicação é que a cidade anunciada nas chegadas e partidas seja São José dos Pinhais e não Curitiba. Segundo o município, "o objetivo é defender a identidade cultural e o patrimônio moral dos cidadãos locais, já que essa prática (a divulgação incorreta da localização do aeroporto) prejudica o desenvolvimento turístico e cultural do município". E cita como exemplo o aeroporto de Cumbica, que fica em Guarulhos e como tal é designado.

Quais as ações e intervenções físicas que podem ser tomadas para minimizar o impacto da evolução no movimento de usuários do Afonso Pena, enquanto se aguarda a ampliação do terminal de passageiros?O fato de a movimentação de passageiros chegar ao número da capacidade do aeroporto não quer dizer que essa capacidade esteja esgotada. O cálculo desse indicador [da capacidade] leva em consideração o movimento máximo possível durante 12 horas por dia em 300 dias por ano. Se o aeroporto estiver no limite durante 24 horas por dia, aí sim diria que a capacidade estaria esgotada. Isso pode ocorrer em horários de pico, mas, mesmo nesses horários, a nossa capacidade ainda não se esgotou. Além disso, há horários ociosos, com baixa movimentação.

Mas as obras previstas e que já estão ocorrendo levam em conta essa evolução no movimento para os próximos anos, inclusive considerando a Copa do Mundo de 2014?

O aeroporto nunca está pronto, tem de estar sempre em constante desenvolvimento, principalmente um aeroporto como o nosso, que apresenta uma linha de crescimento com muitas oscilações. Quanto às obras que estão sendo feitas, é preciso separar obra por obra. A ampliação do pátio de aeronaves está intimamente ligada à capacidade operacional do aeroporto, por exemplo. Já a obra da pista faz parte da manutenção do pavimento. É preciso prolongar a longevidade do uso dessa pista. É uma manutenção que tem de ser feita, independentemente de Copa do Mundo.

Especialistas e entidades afirmam que essas intervenções são necessárias, mas defendem que a obra mais importante ainda é a construção da terceira pista. Há chances dessa demanda, que remonta há anos, ser atendida a curto prazo?

Nós nunca abandonamos esse empreendimento. A situação evoluiu bastante e em dezembro do ano passado o governo do estado fez a publicação do decreto de utilidade pública para as áreas que darão lugar à nova pista. Essas discussões estão avançando no âmbito da Infraero, dos governos municipal e estadual, e cada ente, dentro das suas atribuições, já está planejando as ações para que esse novo empreendimento seja efetivamente executado.

Mas já é possível falar em prazos ou datas para esse projeto sair do papel?

Nós vamos ter alguma coisa mais avançada a partir da elaboração de um possível termo de cooperação técnica com as atribuições de cada ente envolvido. A partir disso, teremos condições de trabalhar com prazos e estimativas mais concretas. A princípio, ainda não temos como definir prazos.

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