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O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro vai intensificar o trabalho de repressão ao crime organizado, principalmente as milícias. O combate vai ficar concentrado no recém-criado Núcleo de Combate ao Crime Organizado, que contará com cinco promotores voltados exclusivamente à luta contra as quadrilhas de traficantes e de milicianos.

Para o procurador-geral de Justiça do estado, Cláudio Soares Lopes, não há diferença qualitativa entre os crimes de tráfico e de milícia: "Crime é crime e tem que ser combatido". Segundo ele, os milicianos formam um novo tipo de máfia. "É uma máfia. Mafioso tem em várias esferas", destacou.

Lopes recebeu nesta segunda-feira (16) o relatório final da CPI das Milícias, entregue pelo deputado estadual Marcelo Freixo (P-SOL), que foi o presidente da comissão. Freixo cobrou maior entendimento entre os poderes do estado para que os 225 indiciados pela CPI sejam denunciados e julgados.

"O que falta é uma articulação entre todos os órgãos, porque o crime organizado representa a maior ameaça ao estado de direito, pois age na inoperância do poder público diante do domínio do território", disse Freixo.

O parlamentar considerou uma "afronta" a divulgação, neste final de semana, de um vídeo no site Youtube, do foragido Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, ex-PM acusado de ligações com um grupo de milícia. "O Ricardo Batman é uma afronta ao estado. As milícias representam uma afronta ao estado. Por isso têm que ser enfrentados o mais rápido possível", afirmou Freixo.

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