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A fala do ministro ocorre após a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças, apesar dos alertas da classe médica e estudos sobre efeitos colaterais
A fala do ministro ocorre após a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças, apesar dos alertas da classe médica e estudos sobre efeitos colaterais| Foto: Ascom/MDHC

Enquanto médicos alertam para os riscos da vacinação de Covid-19 em crianças, e a própria bula da vacina Pfizer reconhece efeitos colaterais como inflamação no coração (miocardite) e de seu revestimento (pericardite), autoridades como o ministro Silvio Almeida, de Direitos Humanos e Cidadania (MDCH), condenam quem questiona a obrigatoriedade da vacina. Isso “é criminoso”, afirmou o ministro durante discurso nessa quarta-feira (7).

Segundo ele, “é inadmissível fazer movimentos contra vacinação de crianças” e é necessário “tomar uma atitude em relação aos irresponsáveis, antibrasileiros, que não gostam de criança e adolescente e que estão promovendo esse tipo de cisão”.

As declarações foram gravadas durante evento do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), enquanto o ministro citava pautas históricas do órgão, como o direito à saúde de qualidade. Além disso, ocorre poucas semanas após a vacina da Covid-19 se tornar obrigatória no Brasil para crianças a partir de seis meses de idade, o que tem sido contestado pela oposição no Congresso e acendeu alerta de especialistas.

“Sem robustez de estudos e tempo que comprove a eficácia real do imunizante em crianças, tal como dos efeitos de sua aplicação a longo prazo, parlamentares agem em conformidade com a defesa da vida e da liberdade dos menores, bem como de seus responsáveis”, disse o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), em nota.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o médico infectologista Francisco Eduardo Cardoso, informou que o cenário epidemiológico não justifica vacinação compulsória em crianças e que a faixa etária selecionada não é classificada como “grupo de risco” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“No próprio Boletim Epidemiológico 152, que o Ministério da Saúde usou como referência para justificar essa arbitrariedade, está escrito que apenas 120 crianças e jovens de 0 a 19 anos foram diagnosticadas com Covid-19 entre junho e julho de 2023”, afirmou o médico, ao citar ainda que os casos não caracterizam urgência.

Estudos questionam a segurança da vacinação contra Covid-19 para crianças

Além disso, a Gazeta do Povo já mostrou que há dúvidas em relação à segurança, especialmente das vacinas baseadas nas nanopartículas de mRNA, como a Comirnaty da Pfizer-BioNTech, para crianças pequenas. Inclusive, um estudo recente descobriu que até metade dos que desenvolvem miocardite ou pericardite como efeito da vacina permanecem com cicatrizes no coração um ano depois.

Outro estudo realizado com mais de quatro milhões de jovens dos seis meses aos 17 anos de idade percebeu que “convulsões atingiram o limiar estatístico para um sinal [de segurança] em crianças dos dois aos quatro anos” após a vacinação.

Por isso, especialistas como Vinay Prasad, médico e professor de epidemiologia e bioestatística na Universidade da Califórnia em São Francisco, afirmam que os dados em relação aos efeitos da vacinação para crianças ainda “são de credibilidade muito baixa” e “me preocupo que vacinar crianças dessa faixa etária poderiam representar um dano no cômputo final”, concluiu o cientista.

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