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Uma missão com dois deputados federais vai a Washington, nos EUA, na próxima semana, pedir a interferência de congressistas americanos para punir os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Os dois conduziam o Legacy que se chocou com o avião da Gol, em 2006, acidente que deixou 154 mortos.

"Não é justo que o Brasil puna os controladores, e os pilotos continuem livres como se nada tivesse acontecido. Está provado que eles erraram", afirma o deputado Dimas Ramalho (PPS-SP).

Também compõem a missão o deputado Geraldo Thadeu (PSD-MG), um perito e o advogado da associação de vítimas do acidente de 2006.

Rosane Gutjahr, integrante da entidade, diz que o objetivo é buscar uma sanção na esfera administrativa, que proíba os pilotos de voarem. As famílias aguardam decisão penal na segunda instância da Justiça brasileira. Na primeira, os pilotos foram condenados, mas a pena foi revertida em trabalho comunitário – punição considerada "ridícula" por Gutjahr.

Processos administrativos

A Anac puniu mais de uma vez o piloto norte-americano que causou a tragédia da Gol, Joseph Lepore, por erros que cometeu no comando do jato Legacy. As autuações, emitidas em setembro do ano passado, reconheceram que os pilotos erraram ao voar com o TCAS e com o Trans­ponder desligados. As punições foram encaminhadas à FAA (Federal Administration Avia­tion, órgão que regula a aviação nos EUA).

O primeiro processo administrativo movido pela Anac foi julgado em abril e resultou em duas autuações e multas aos pilotos e à empresa ExcelAire. A punição foi aplicada aos pilotos por estarem voando em RVSM (Reduced Vertical Separation Minimum/ Espaço Aéreo Vertical Reduzido), não tendo autorização para tal. A decisão brasileira foi encaminhada em junho do ano passado a FAA.

O pedido de providências foi respondido somente no dia 6 de janeiro deste ano. De acordo com a resposta, as falhas cometidas não são suficientes para que os Estados Unidos tomem providências.

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