O maior preconceito está dentro de casa
A maioria das pessoas diz não ter preconceitos na hora de contratar um profissional homossexual. Grande parte também afirma que permaneceria indiferente diante da declaração de um amigo que diz ser gay. Mas quando o assunto envolve parentes próximos ou filhos, a opinião é completamente outra.
Beijo na rua não pode, revela pesquisa
A maior rejeição dos entrevistados pelo instituto Paraná Pesquisas foi quanto ao beijo entre homossexuais em local público. A maioria, 63%, disse que considera esta atitude ruim ou repugnante, contra 25,29% que falaram ser um gesto de carinho normal.
Em Curitiba, é cada vez mais comum ver meninas e meninos, inclusive muito jovens, andando de mãos dadas pelas ruas e trocando carícias. Especialistas alertam que isso pode ser um modismo atual. "Isto está confundindo bastante, principalmente os pais. O importante é dar abertura para que esses adolescentes possam explicar aos familiares o que acontece de fato", diz Edith Modesto, da Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais.
A psicóloga e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Mara Pusch faz uma analogia do assunto com os veículos bicombustíveis. "É como se o jovem experimentasse para descobrir qual ele prefere." A condição da sexualidade pode, ainda, ser gerada pela indecisão. "O jovem, às vezes, não sabe o que quer. É como se dos 14 aos 21 anos ele ficasse sob influência da dúvida, pois o corpo e a mente estão mudando. Na maturidade a decisão normalmente aparece", diz o psicanalista Jurandy Jantalia.
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