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A prefeitura de São Paulo estuda cadastrar os moradores da região da avenida Paulista para que eles não sejam prejudicados pelo fechamento da avenida aos domingos.

De acordo com Jilmar Tatto, secretário de Transportes, a ideia é que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) saiba previamente quando um morador pretende sair ou voltar para casa e possa acompanhá-lo na via fechada, garantindo a segurança dos pedestres.

“Vamos disponibilizar um telefone que, se não for exclusivo, pode ser o 1188”, explicou. Ao receber o chamado, a CET iria até o morador para escoltá-lo em um trecho da avenida, que não deve ser maior que um quarteirão.

A declaração foi feita neste domingo (18), na avenida Paulista, onde Tatto andou de bicicleta. O secretário se disse surpreso com a quantidade de pessoas que foram ao espaço, apesar do dia nublado.

Uma mudança em análise é a abertura da travessia do trecho da rua Augusta para carros. O secretário diz que aguarda avaliação técnica da CET para saber se a alteração é segura. “Trata-se de um trecho em que há grande circulação de pessoas, de ciclistas e de artistas de rua”, afirma.

Também por preocupação com a segurança, ciclistas deverão ser orientados a partir do próximo domingo a circularem na avenida apenas nas ciclofaixas. Neste domingo, eles se misturavam com os pedestres em toda a extensão da avenida.

Subprefeituras

O plano do executivo municipal é fechar pelo menos uma via em cada uma das 32 subprefeituras da cidade até o final do ano, diz Tatto.

Além da avenida Paulista, outras duas vias também foram fechadas neste domingo: as ruas Benedito Galvão (na altura da Praça Albino Francisco de Figueiredo), em Aricanduva (zona leste), e a avenida Luiz Gushiken, em M’Boi Mirim (zona sul), entre as 10h e as 16h.

Enem

No próximo domingo (25) acontecerá o segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Cinco grandes colégios localizados na região da avenida Paulista devem aplicar a avaliação.

Segundo Tatto, uma operação especial será montada pela CET e para o transporte público. “Vamos fazer uma operação especial de tal modo que os alunos possam chegar no horário certo para fazer a prova”, garantiu.

Em resposta ao Ministério Público de São Paulo, que é contra o fechamento do espaço para carros e ameaça multar a prefeitura em R$ 30 mil, Tatto afirmou que “seria bom se os promotores estivessem aqui para perceberem que o que estamos fazendo é uma coisa boa pela cidade”.

“Não queremos briga, queremos fazer algo bom para a cidade e que fique, independentemente, de governo. Queremos que seja uma política pública, de Estado”, disse.

O Ministério Público diz que Haddad está descumprindo um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), de 2007, que limita a três as vezes em que a Paulista pode ser fechada por ano. A avenida -uma das mais movimentadas da cidade- já foi fechada três vezes neste ano: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto).

Tatto rebate que a TAC refere-se a eventos privados, e que o fechamento do local para carros aos domingos é uma política pública dentro de uma lei do Plano Nacional de Mobilidade, aprovada em 2012, que prioriza pedestres e veículos não motorizados.

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