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Equipes da Defesa Civil estadual e da Defesa Civil de Campos continuam, desde cedo, o trabalho de remoção das famílias que vivem na localidade de Outeiro, em Cardoso Moreira, onde um dique se rompeu no domingo. Foi o segundo dique que se rompeu na região em menos de uma semana. Cerca de 900 pessoas devem ficar desalojadas. Alguns moradores estão indo voluntariamente para casas de parentes, e outros estão recebendo barracas de acampamento para fazem abrigos de emergência num morro próximo. A previsão é de que até o inicio da tarde toda a área de Outeiro, um distrito que nasceu no entorno de uma usina desativada, seja inundada.

O chamado Dique das Onças se rompeu por causa da força das águas do Rio Muriaé. Outeiro é uma área rural que tem cerca de 40 famílias. O caso é semelhante ao que aconteceu na quarta-feira com a localidade de Três Vendas, em Campos, quando uma cratera foi aberta pelas águas do Muriaé na BR-356. Outeiro fica bem próximo a Três Vendas. Segundo a Defesa Civil, a situação é delicada, mas não potencializa a cheia na área urbana de Cardoso Moreira, talvez o município mais castigado pela enchente da semana passada, e encontra-se praticamente isolada de Campos, por causa da queda de barreira em uma estrada vicinal entre as localidades de Palmares e Pureza, no município de São Fidélis. Em Outeiro moram cerca de 600 pessoas, que terão que deixar suas casas.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) tentará desobstruir, nesta segunda-feira, a estrada onde caiu uma barreira, que faz ligação com São Fidélis. O caminho alternativo mais razoável para quem saía de Cardoso Moreira rumo a Campos era essa via. Agora, resta apenas um, que passa por Bom Jesus do Itabapoana, aumentando o tempo de viagem em duas horas.

Em Itaperuna, vários deslizamentos de terra levaram a prefeitura a decretar alerta máximo. No domingo, a Defesa Civil do município constatou que o nível dos rios Muriaé e Carangola subiu uma média de sete centímetros por hora, o que obrigou moradores de áreas próximas às margens a abandonar suas casas. Em Miracema e Santo Antônio de Pádua, uma tempestade acompanhada de ventos fortes e granizo também provocou, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, cheia em rios e córregos. Em Campos, na madrugada de sábado, milhares de casas ficaram alagadas nos bairros Parque Aurora, Rosário e IPS, mas, na manhã de domingo, o quadro já era de normalidade.

Alerta máximo nos rios do Norte e Noroeste Fluminense

Dados do Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostram que está em alerta máximo o nível dos rios que cortam o Noroeste Fluminense. A situação é crítica no Rio Muriaé - que passa pelos municípios de Laje do Muriaé, Italva, Itaperuna, Cardoso Moreira e Campos -, Rio Carangola - que atravessa Porciúncula, Natividade -, Rio Pomba - que passa por Santo Antônio de Pádua -, Rio Itabapoana - que atravessa Bom Jesus de Itabapoana - e o Rio Paraíba do Sul - que corta Campos e é o principal da bacia.

Na Baixada Fluminense, também há locais em estágio de alerta máximo: Saracuruna, em Duque de Caxias. O rio Capivari, em Belford Roxo, que estava em estágio de alerta máximo até o início da manhã desta segunda-feira, voltou ao estágio de atenção. Os demais rios que atravessam a região também estão no nível de atenção, representado pela cor amarela. Na Região Serrana, estão em alerta (cor laranja) os rios Córrego D'antas e Bengalas, em Nova Friburgo. Nos outros municípios, a situação é de atenção.

E a chuva não dá sinais de que vai parar. De acordo com o Climatempo, há possibilidade de chuva em todo o estado do Rio nesta segunda-feira, principalmente na Região Serrana e no Norte Fluminense. No município do Rio, também deve chover e o mar pode voltar a ficar agitado. Na Região Metropolitana, a temperatura deve alcançar os 29°C. Na Região Serrana, a previsão é que a temperatura fique em 24°C, e no Norte, 26°C.

Chuvas provocam quedas de barreiras na Serra

A madrugada foi marcada por chuvas fortes em rodovias do estado e a ocorrência de deslizamentos de terra, que levaram à interdição de determinados trechos. Na Região Serrana, houve queda de barreiras em diferentes pontos da Rodovia BR 040, que liga o Rio à Juiz de Fora. Um deslizamento atingiu a estrada na altura de Itaipava, que está operando em meia pista no sentido Rio. Há interdições parciais também em trechos da rodovia que passam pelas cidades de Três Rios e de Areal. Em Juiz de Fora, uma barreira caiu também na pista sentido Rio, na altura dos quilômetros 820 e 827. Caíram barreiras também na BR 393, a antiga Rio-Bahia, que tem trechos interditados nos dois sentidos na altura de Sapucaia e na altura de Três Rios.

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