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IAP e prefeitura de Curitiba não apresentam uma solução definitiva para o problema do aterro da Caximba

A continuidade da utilização do aterro da Caximba tem gerado protestos entre os moradores. A população reclama que a pilha de lixo aumenta a cada dia, não está recebendo a cobertura adequada e que o mau-cheiro nas proximidades do aterro é insuportável. Enquanto isso, representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da prefeitura de Curitiba não apresentam uma solução definitiva para o problema.

Uma das moradoras do bairro, Luci Baptista, afirmou que a pilha de lixo tem aumentado nos últimos três meses e que a situação piorou nas últimas duas semanas. "De 15 dias para cá o lixo está sendo armazenado sem cobertura", reclamou a moradora em entrevista ao telejornal Paraná TV 1ª edição.

Uma solução terá que ser encontrada pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, do qual fazem parte Curitiba e outras 16 cidades da região metropolitana, e que será responsável pelo Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar). No entanto, há problemas com a licitação e a área em que será construído o novo aterro também não foi definida.

A população reclama ainda que a situação do lixo na Caximba piora nos fins de semana, pois os caminhões que trazem grama e terra para jogar sobre a pilha de lixo não trabalham das 16 horas de sábado até a segunda-feira.

Marilza Dias, coordenadora do Departamento de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, afirmou que o lixo da Caximba ficou sem cobertura por cinco dias na semana passada porque choveu muito em Curitiba e o trabalho não pode ser feito. E que um sistema de cobertura provisória está sendo estudado.

A representante da prefeitura disse que o aterro da Caximba já está em fase de previsão de encerramento e que a prefeitura pretende fazer a "reconformação geométrica" – que é a reestruturação dos maciços do aterro, mas sem que se aumentasse a capacidade do local. O projeto foi apresentado ao IAP em julho de 2009 e pretende estender a vida útil do local até o final de 2010. Segundo o parecer do órgão ambiental, o aterro da Caximba poderá ser utilizado até 31 dezembro de 2009 ou até que atingir a capacidade de 940 metros acima do nível do mar.

Quanto ao odor que o aterro exala - que é um das principais reclamações dos moradores - a coordenadora de Resíduos Sólidos disse que a implantação do sistema de biogás - que captura o gás produzido pelo lixo - poderá minimizar o problema. Segundo ela, a captura do gás subirá de 25% para 80% com o novo sistema, que faz parte do projeto de encerramento do aterro da Caximba.

Vitor Hugo Burko, presidente do IAP, disse não aceitará o projeto da prefeitura de Curitiba para fazer mais uma camada de lixo sobre o material que está na Caximba e com isso prolongar a utilização da Caximba por mais um ano e meio. Para o presidente do IAP, a solução é passar a colocar o lixo em uma vala que receberia o lixo por seis meses até que a prefeitura de Curitiba e os demais municípios que participam do consórcio encontrem uma solução para o problema.

Marilza disse ainda que a prefeitura de Curitiba espera que a rejeição da proposta de reconformação geométrica seja comunicada oficialmente pelo IAP. Ela disse ainda que o projeto da "vala" não é viável, pois a nova área não teria a proteção ambiental que a Caximba possui.

Enquanto isso, Burko cobrou agilidade na tomada de providências pela prefeitura, especificamente pelo prefeito Beto Richa, e reafirmou que a Caximba está esgotada e não tem condições para ser utilizada.

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