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"Meu filho era tudo para mim. Sempre foi o meu herói. Eu só quero ver o corpo dele", disse Nair Santos, a mãe do primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, 45 anos, que morreu junto com o suboficial Carlos Alberto Figueiredo, 47 anos, tentando combater o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz. Cerca de 40 parentes e amigos dos dois militares participaram da cerimônia de homenagens póstumas na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, que teve a presença do vice-presidente Michel Temer e do ministro da Defesa, Celso Amorim, entre outros.

Os dois corpos foram trazidos ao Rio em um Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB), que pousou às 8h55 de ontem. Entre as homenagens post-mortem, os dois foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa e as famílias receberam a Medalha Naval de Serviços Distintos.

Os caixões foram cobertos por bandeiras do Brasil. Houve execução do Hino Nacional por uma banda da Marinha e disparos de fuzil na homenagem. "A perda é sempre irreparável, mas não será esquecida", discursou Amorim. Temer destacou o "gesto de heroísmo que tiveram" os militares. "Muito mais grave que as perdas materiais, que não foram poucas, foi a perda pessoal", discursou o vice-presidente.

A cerimônia durou cerca de uma hora. A mulher do suboficial Figueiredo, Nilza Costa, lembrou que eles eram casados há 26 anos. "Era um marido muito bom. Foram 26 anos de muita alegria".

No Recife (PE), a presidente Dilma Rousseff destacou a "atuação extremamente heroica" dos militares que morreram no acidente. "Eles não titubearam em arriscar suas vidas para salvar as pessoas que estavam ali na estação", frisou.

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